Política

Governo e médicos avançam em acordos trabalhistas após reunião

Roberto Viana
Plano de cargos foi aprovado, mas não foi possível adiantar 2ª parcela de reajuste  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 20/03/2013, às 11h05   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews.com.br)




Uma reunião ocorrida na Governadoria entre o Sindicato dos Médicos da Bahia e o governador Jaques Wagner e secretários no fim da tarde desta terça-feira (18) ajudou as partes a avançarem na direção de um acordo pleno nas reivindicações da categoria. De acordo com as informações cedidas logo após o encontro, apenas metade das reivindicações foi atendida, ainda que uma delas esteja no rol de reivindicações com décadas de idade.
Trata-se da aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), que de acordo com o presidente do sindicato, Francisco Magalhães, tem 30 anos de idade na fila dos desejos dos médicos do Estado. Entretanto, o pedido de antecipação da 2ª parcela do reajuste acertado em 2012. Ela está programada para ser liberada em abril de 2014, mas o desejo dos médicos era que ela fosse antecipada para o mês de janeiro, o que, segundo o médico, daria um “conforto” para discutir junto à categoria.
Magalhães afirma que a proposta será levada à categoria em assembleia ainda na noite desta terça para aprovação ou não do grupo de sindicalistas. Ele não adiantou detalhes quanto a uma possibilidade de haver indicativo de greve e relatou que apenas após a assembleia haverá um consenso. “Temos um entendimento e o esforço foi feito por parte o conjunto das entidades médicas. Agora vamos lá discutir com os colegas e ver como a gente poderia estabelecer, dentro deste processo todo, a resolução”.
O secretário de Saúde, Jorge Solla, falou em nome do governo uma vez que Jaques Wagner prometeu receber a imprensa mas não apareceu diante dos jornalistas após a reunião. Solla exaltou o acordo e disse que os médicos tiveram um número de avanços tais nas negociações trabalhistas que não devem ter nenhum motivo para declarar greve. 
Ele listou que o aumento acumulado nos anos do governo Wagner foi de 300% descontado a inflação, houve contratação recorde de novos médicos e outras conquistas que jugou “históricas” por conta de uma política “arrojada” do governo. “Os médicos ganhavam R$ 1.100 para dar um plantão semanal de 24 horas. Com esse plano, nós vamos chegar em 2014 com mais de R$ 6.200. Então é um aumento substancial, além do plano de carreira com promoção, com progressão, uma série de avanços”, defendeu.
A aplicação do PCCV tem duas etapas, de acordo com o secretário, com início este ano e outra no ano que vem. Em 2015, haverá a primeira aplicação do processo de progressão de carreiras e, no próximo ano, o de promoção para novos cargos dentro da estrutura da Saúde estadual. “São 4 anos de implantações de processos que vão impactar em ganhos financeiros reais acima da inflação. Nós vencemos e demos o primeiro passo. Agora precisamos dar outros”.

Nota originalmente postada às 20h do dia 19

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