Política
Publicado em 26/10/2021, às 10h38 Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), classificou a declaração do presidente Jair Bolsonaro em live na última semana, em que relacionou a vacina contra a Covid-19 a um maior risco de infecção com o vírus que causa a Aids, como "desastrosa".
O futuro vice-presidente do União Brasil disse que esta é uma posição que atrapalha ainda mais a vida dos gestores municipais, que são responsáveis diretos pela logística de aplicação dos imunizantes.
"Declaração desastrosa, que não contribui, não ajuda, só faz dificultar ainda mais a vida dos prefeitos que estão aqui na ponta com a missão de vacinar", lamentou Bruno, destacando o custo para a Prefeitura manter os profissionais e os pontos de vacinação funcionando.
"Estamos com estrutura montada desde 19 de janeiro, vou fazer um balanço agora em novembro do 'custo-pandemia' para a cidade de Salvador. Os prefeitos são quem tem as maiores responsabilidades e atribuições, e menos recursos para enfrentar a pandemia [...] só de toldos são R$ 500 mil por mês, que colocamos nos drives e pontos-fixo, para proteger quem está tomando vacina do sol ou da chuva. Alimentação, transporte, Guarda Municipal para proteger as vacinas. Vamos aguentar isso até quando?", questionou.
Segundo o prefeito, caso Bolsonaro adotasse outra posição e tivesse "responsabilidade de estimular a vacinação", iria contribuir para que a pandemia chegasse ao fim mais brevemente.
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