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Força-tarefa da Lava-Jato do Rio será encerrada em abril

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A equipe hoje formada por oito procuradores da República terá o mandato prorrogado até abril  |   Bnews - Divulgação Divulgação Polícia Federal

Publicado em 25/01/2021, às 12h54   Redação BNews



A força-tarefa da Lava-Jato no Rio, responsável pelas prisões de um ex-presidente da República (Michel Temer), dois ex-governadores (Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão), entre dezenas de políticos, empresários, agentes públicos e outras pessoas envolvidas em esquemas de corrupção, inicia em fevereiro o seu último ciclo, após quatro anos e meio de atuação, com renovação de mandato a cada seis meses.

A equipe hoje formada por oito procuradores da República terá o mandato prorrogado até abril, quando o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) pretende criar o seu primeiro Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a exemplo do que já existe no Ministério Público Estadual.

Por entender que as investigações em andamento, principalmente as derivadas da Operação Tris In Iden, que levou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a afastar Wilson Witzel, não podem parar, a força-tarefa planeja se converter no futuro Gaeco, em vez de trabalhar em conjunto com a unidade, segundo apurou O Globo. Como o número e os nomes dos integrantes serão definidos pelo colegiado do MPF-RJ, com abertura de inscrição para os interessados, o atual coordenador da Lava-Jato no Rio, procurador da República Eduardo El Hage, já anunciou entre os colegas que vai se candidatar ao mesmo cargo no Gaeco.

Formação

Depois de serem escolhidos pelos colegas do Rio, os procuradores do Gaeco terão os nomes submetidos à aprovação do procurador-geral da República, Augusto Aras. O modelo marca a transição das forças-tarefas para um novo formato. Em nota, a Procuradoria Geral da República afirmou que Aras “se comprometeu a apoiar as investigações em curso, com pessoal e estrutura, até o final de seu mandato, em setembro”. A Procuradoria também disse que, com o Gaeco do Rio, os trabalhos desenvolvidos pela força-tarefa terão continuidade e institucionalidade”.

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