Política

Há três meses para eleição, Biden se afasta de ala mais à esquerda do democrata e mira eleitores moderados

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A estratégia serve de contraponto ao discurso polarizador de Trump e rebate a imagem de socialista radical  |   Bnews - Divulgação Reprodução CNN

Publicado em 14/10/2020, às 07h18   Redação BNews



Faltando menos de três semana para eleição a presidente dos EUA, o candidato Joe Biden (Democrata) está se afastando da esquerda do Partido Democrata e aumentando a busca pelo voto de eleitores moderados e republicanos descontentes, na busca por recuperar o voto da classe trabalhadora, perdida na eleição de 2016.

A estratégia serve também de contraponto ao discurso polarizador de Donald Trump e rebate a imagem de socialista radical, espalhada pelo atual presidente da República.

A tática ficou evidente na última segunda-feira, (12), quando ele passou pelo estado de Ohio, estado onde Trump venceu com folga em 2016 graças aos eleitores brancos da classe trabalhadora. Agora, o democrata tenta convencê-los de que eles foram abandonados pelo presidente, que vem perdendo apoio nestes velhos redutos democratas. Na terça-feira, 13, Biden começou um giro de três dias pela Flórida e Pensilvânia, adotando um discurso preparado para os eleitores acima de 65 anos.

A ênfase de Biden reforça a moderação, uma marca registrada de sua carreira política, e ocorre após meses de concessões à ala progressista do Partido Democrata, para consolidar apoio interno. Nos últimos meses, ele foi obrigado a adotar posições mais radicais também em razão da pandemia e dos protestos raciais. Por isso, sua plataforma acabou ficando mais à esquerda do que a de candidatos presidenciais democratas do passado.

“Comigo não haverá Estados democratas e republicanos”, disse Biden em Cincinnati, no Estado de Ohio, na segunda-feira, ao fazer campanha na porta de um sindicato de operários do setor automotivo, onde prometeu não aumentar impostos para quem ganha menos de US$ 400 mil por ano – uma nova versão do populismo que Trump defendeu quatro anos atrás.

O plano de Biden é se concentrar em temas que afetam a vida diária dos eleitores de ambos os partidos, capitalizar a insatisfação com Trump e se consolidar como uma alternativa segura, desideologizada.

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