Política

Decotelli chega ao Alvorada; saída de cargo é dada como certa

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Ministro da Educação é acusado de mentir em currículo, além de plágio   |   Bnews - Divulgação RS/ Fotos Públicas

Publicado em 30/06/2020, às 15h40   Redação BNews



O Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli chegou na tarde desta terça-feira (30), no Palácio do Planalto, em Brasília. O clima nos bastidores dão conta de que ele pode renunciar o cargo a qualquer momento. A saída já é dada como certo por interlocutores do governo.

De acordo com a CNN Brasil, o ministro escreveu uma carta para o presidente Bolsonaro formalizando a sua saída. Os dois tiveram uma reunião nesta segunda (29) após ser apontado inconsistências no currículo, além de acusação de plágios em uma tese de mestrado.

O encontro, ainda de acordo com fontes da emissora, acabou por volta das 15h50, e o presidente acatou o pedido de demissão. O problema, no entanto, é como vai ser o processo de exoneração e quem pode substituí-lo.

Entenda o caso

O ministro, que mal chegou a chefiar pasta, está envolto em polêmicas sobre títulos falsos em seu currículo e plágios acadêmicos.  

Na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), por exemplo, Decotelli informou ter pós-doutorado em Bergische Universitat Wuppertal, na Alemanha. O que foi negado pela própria universidade. Logo depois, ele atualizou as informações no sistema para "projeto de pesquisa” submetido à instituição alemã. 

O título de doutor na Universidade de Rosário, na Argentina, também é falso, como confirmou a instituição. Na sexta-feira (26), ela afirmou que o ministro não recebeu o título de doutor e que apenas cursou as disciplinas e cumpriu os créditos exigidos, mas sua tese foi reprovada em uma primeira análise e ele não voltou a submeter o trabalho.

Já na sua tese de mestrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) há, de acordo com especialistas, trechos copiados de outros trabalhos, o que pode ser configurado plágio, quando não é dada a devida referência. O erro foi apontado pelo professor do Insper, Thomas Conti. Decotelli nega a cópia. 

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