Política

Otto diz que movimento para reeleição de Leal na AL-BA é "estranho e desconexo"

Arquivo BNews
Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 03/09/2019, às 16h46   Eliezer Santos



O senador Otto Alencar, cacique do PSD na Bahia, considerou ser incongruente o movimento que acontece nos bastidores da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para derrubar o impedimento à reeleição aos cargos da Mesa Diretora, conforme publicou com exclusividade o BNews, nesta segunda-feira (2).

Por tabela, as articulações viabilizariam a recondução do presidente Nelson Leal (PP) e quebraria o acordo para que o segundo biênio ficasse sobre a presidência do deputado Adolfo Menezes (PSD). "Acho estranho porque acabou a reeleição o ano passado, voltar esse ano seria um fato desconexo. Coronel não fez a PEC para acabar com a reeleição?".

"Eu sempre sou favorável à alternância na Assembleia, fui presidente de 95 a 97 e os deputados na época fizeram abaixo assinado para eu continuar, mas não aceitei porque defendo a alternância", continuou.

A movimentação teria intenção em manter Nelson Leal no comando da AL-BA até 2022, ano em que o governador Rui Costa (PT) pode renunciar ao cargo para disputar as eleições ao Senado ou à Presidência da República. Assim, Nelson Leal ficaria como o segundo na linha sucessória do governo da Bahia, atrás apenas do vice-governador João Leão.

Numa observação mais ampla, o comando do estado ficaria sob a batuta do PP em pleno ano de sucessão estadual.

"Eu acho que é uma projeção muito...daqui a três anos, alguém que está pensando assim deve estar se precipitando porque está distante isso. Eu não projeto isso na minha cabeça, sou muito de fazer as coisas no meu tempo", pontuou Otto Alencar.

Eu não aceitei ser reeleito e cheguei a senador, acho que fiz certo né? Porque não tive ambição pelo poder, me perpetuar no poder. Acho que fiz certo, né? Fui vice-governador, fui governador, senador", encerrou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp