“Fico muito surpresa, pois a Nutriplus tem contrato com a prefeitura desde 2014/2015 e já nessa época alguns vereadores e vereadoras denunciaram que tratava-se de empresa ligada à máfia da merenda de São Paulo. O Conselho Municipal de Alimentação Escolar levantou uma série de irregularidades e apresentou ao Tribunal de Contas”, lembrou.
A Prefeitura fechou contrato nessa época no valor de R$ 14 milhões, para fornecimento em 58 unidades de ensino na capital. Segundo a vereadora, "qualquer secretaria deveria ter conhecimento sobre a situação jurídica das empresas que participam de processo licitatório e principalmente das que são contratadas pela prefeitura".
“Na nova licitação feita com a empresa, o contrato com a prefeitura é de R$ 25,3 milhões, conforme publicado no Diário Oficial. Precisamos saber para onde está indo o dinheiro público e é importante saber o histórico de quem irá recebe-lo”, acrescentou Marta.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, empresas que forneciam a merenda escolar para as escolas da rede municipal de ensino formaram um cartel e montaram um esquema de corrupção de agentes públicos que atua desde 2001, quando a prefeitura implantou a terceirização no setor. Segundo as investigações, o esquema era formado pelas empresas SP Alimentação e Serviços Ltda., Geraldo J. Coan & Cia Ltda., Sistal Alimentação de Coletividade Ltda., Nutriplus Alimentação e Tecnologia Ltda; Convida Alimentação S.A e Terra Azul Alimentação Coletiva e Serviços Ltda. Estas empresas teriam fraudado o pregão realizado em 2006, combinando o preço de seis lotes da concorrência realizada em 2006 e cujo contrato foi firmado em 2007 e depois várias vezes prorrogado.