Pelo visto o coração de Alfredo Mangueira está batendo como de um garotinho. Descontente com a liderança do amigo Téo Sena (PTC) tomou a palavra em uma reunião com o prefeito João Henrique e deu ultimato sobre a participação da Câmara Municipal de Salvador, sobre o já escolhido sistema de transporte da Avenida Luiz Viana Filho (Paralela), o metrô.
Se achávamos que realmente estava definido e martelo batido, o modal da Paralela, com a insistência da Câmara, começamos a imaginar que não. Que nada está definido e que os vereadores têm carta na manga, ou bala na agulha para disparar contra o governador Jaques Wagner.
O jogo de interesse está rolando Souto. Todos querem o nome na placa de inauguração do modal. Será só isso? É aguardar para ver. Por enquanto fiquem com as notas de Emmerson José sobre o caso Mangueira, Téo Sena e o prefeito, na reprodução de sua coluna, desta sexta-feira (26), do impresso Correio.
Pelos poderes de Grayskull...
Depois de dois dias fazendo exames e cuidando da saúde, o vereador Alfredo Mangueira (PMDB) voltou com a bola toda ao batente. “Aquele ali não para. Tá no sangue a política”, lembra um aliado do peemedebista. Quando todos na Câmara achavam que Mangueira iria diminuir seu ritmo, pra preservar a saúde, eis que, como um He-Man (protetor do universo nos filmes e nos quadrinhos), Mangueira entrou em atrito com um dos seus mais antigos aliados e amigos, o vereador Téo Sena (PTC), líder de governo. O primeiro embate público entre os dois aconteceu na reunião dos parlamentares com o prefeito João Henrique (PP), quando foi tratada a questão do modal do transporte para a capital.
...eu tenho a força!
Naquele momento, a sala de reunião da prefeitura tornou-se, ao menos temporariamente, no fictício planeta Etérnia. E o He-Man deu o recado ao prefeito: “Queremos participar da escolha do modal. Avisa o governador. Ou então nada de aprovar a liberação do entorno da Fonte Nova, quando o projeto entrar em discussão”. Esta liberação é crucial para o novo complexo que será criado ali naquela área. Insatisfeito com a liderança de Téo, Mangueira tem dito a colegas no plenário que o PMDB agora na casa seguirá a sua orientação. Um problema para João resolver, pois o esvaziamento da liderança de governo pode mexer, e muito, com a condução das matérias de interesse da prefeitura na Casa. Já há vereadores em campo para reaproximar Téo e Mangueira. Mas pra acalmar o He-Man, assim como na ficção, somente muitos seres mágicos darão conta.
