Política

Adsumus: promotor diz que investigação sobre Machado e Pacheco vai avançar

Publicado em 06/07/2017, às 12h00   Aparecido Silva


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A delação premiada do empresário Luís Cláudio Sampaio Lobo entregou aos investigadores da operação Adsumus o mapa do esquema criminoso de desvio de verbas públicas, fraudes à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o promotor de Justiça de Santo Amaro, Aroldo Almeida, o delator revelou que havia três núcleos, sendo um na área de eventos, outro na aquisição de combustíveis e um terceiro no setor de obras. No entanto, o promotor ressalta que a investigação será aprofundada a respeito da participação direta ou indireta do ex-prefeito Ricardo Machado (PT) e do então vice-prefeito Leonardo Pacheco (PSB).

Na quinta fase da Adsumus deflagrada nesta quinta-feira (6), foram expedidos mandados de condução coercitiva para, além dos ex-prefeito e ex-vice, para os ex-secretários de Administração, Desenvolvimento, Obras e Serviços, Luís Eduardo Pacheco Alves, e de Saúde, Marcelo Otero. Nenhum foi encontrado pela Polícia Federal. Leonardo Pacheco e Machado devem se apresentar nesta sexta (7), quando serão interrogados.

Questionado sobre a participação do ex-prefeito e do ex-vice no esquema, o promotor de Justiça disse que ainda precisa de maiores detalhes para eventual apresentação de denúncia. “Isso é o que nós estamos apurando, por isso a condução coercitiva, mas não foram encontrados para darem explicações. Nós vamos avançar na investigação, inclusive com a oitiva dos que foram conduzidos para poder tratar dessa situação”, apontou.

Segundo Almeida, Ricardo Machado tinha relação de amizade com o empresário conduzido pela PF na manhã desta quinta. O nome do empresário, que atuava no ramo de eventos, não foi divulgado pela força-tarefa. “Eles tinham a famosa carta de exclusividade com as bandas e contratavam sem licitação com o município. Estamos identificando a proximidade social desse empresário com o antigo prefeito. O ex-secretário de Saúde já foi sócio destas empresas. Curiosamente, o empresário que tem o poder de gestão destas empresas de eventos recebia dinheiro de outras empresas que licitavam com o município de Santo Amaro. Então, possivelmente, ele e as empresas dele serviam de rota de passagem de dinheiro desviado de outros ramos como aluguel de máquinas, obras, material de construção e aquisição de combustível”, apontou Almeida em coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal, no bairro de Água de Meninos.

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