Política

Após Cármen Lúcia ignorar Temer, ministro aciona integrantes do STF

Publicado em 13/06/2017, às 06h30   Folhapress



Ao menos quatro integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) foram procurados, no fim de semana, pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, numa operação para mitigar suspeitas de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estaria espionando o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato. A informação foi divulgada pela coluna Painel, do jornal Folha.
Ainda segundo a publicação, Jardim foi acionado depois que a presidente do STF, Cármen Lúcia, divulgou pesada nota condenando a suposta ação mesmo após o presidente Michel Temer negar qualquer ato neste sentido diretamente a ela. O clima entre os poderes é de desconfiança.
Reportagem da revista 'Veja' neste fim de semana afirmou que Fachin, relator da Lava Jato no STF, estaria sendo investigado pela agência a mando do governo. 
No sábado (10), Cármen Lúcia divulgou uma nota dizendo que a possível "devassa" contra o ministro é "própria de ditaduras", acrescentando que a Corte repudia, com veemência, "espreita espúria, inconstitucional e imoral contra qualquer cidadão e, mais ainda, contra um de seus integrantes, mais ainda se voltada para constranger a Justiça."
“O presidente da República garantiu não ter ordenado qualquer medida naquele sentido. Não há o que questionar quanto à palavra do presidente da República”, informa comunicado divulgado no início da tarde desta segunda-feira (12) pela equipe da ministra.

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