Política

Secretário diz que prefeitura prejudica a população: distorce a verdade

Publicado em 12/06/2017, às 09h29   Redação BNews



A polêmica envolvendo a questão sobre a retirada dos ônibus municipais que passavam pelo Centro Administrativo da Bahia (CAB) ganhou força após, na semana passada, o secretário de Mobilidade Urbana de Salvador, Fábio Mota, mostrar ao vivo, a troca de e-mails entre a Semob e o Governo do Estado no qual, segundo Mota, a prefeitura não tem culpa sobre a retirada dos ônibus da região. 
Mas, na manhã desta segunda-feira (12), o chefe da Casa Civil do governo, Bruno Dauster, em entrevista concedida a Zé Eduardo, na Rádio Metrópole, criticou o posicionamento da prefeitura. "Eu fiquei muito chateado com a postura da Semob por divulgar a troca de e-mails entre a própria Semob e a Sedur para tentar dizer que tinha dito que ia cortar a linha dos horários. Num e-mail que nos respondemos, nós pedimos que eles formalizassem em ofício e eles formalizaram. E eles não tiveram a postura de mostrar que no ofício nos enviaram, no momento que ele torna público, a troca de e-mails e não cumpre a resposta que eles  deram .Eles nos mandaram um ofício, e eu tenho em mãos, que diz que só precisava cuidar da questão do ônibus interno do CAB. Do ofício que formaliza o pedido da prefeitura, não há nenhuma referencia as linhas de horário que iam para o CAB. Nesse sentido nós consideramos que iam ser mantidos os serviços", explicou.
Para Dauster, "são dois casos muito preocupantes. Está havendo uma politização da questão da mobiliodade do metrô. Todos sabem que o metrô foi resultado de uma ação do estado. O metrô é, não só uma realidade, é uma satisfação para a população. O investimento do metrô foi de 60% do governo do estado. O metrô é um elemento que mudou a geografia de deslocamneto urbano em salvador. nosso medo é que eessa politização comece a entravar o processo do VLT e do metrô. Nós não podemos dar um tom político e criar dificuldades para a população, em cima de objetivos políticos não declarados. O apelo que o governo faz é que não haja politização desse processo. É o estado sozinho que tem que subsidiar o ônibus e a outorga para a prefeitura? Talvez uma pessoa como o Luiz Carrera, uma pessoa correta, não tenha conhecimento disso. É ridiculo que um secretário municipal diga uma coisa e esconda um ofício que ele mandou. Se a prefeitura tirou um serviço de onibus necessário para a sociedade, nós podemos suprir. A sociedade não pode pagar o preço por isso. A relação com o Fábio Mota não está desgastada, porque é profissional. Estou chateado com uma situação. Não precisa ter novos interlocuteres, precisa que a discussão se faça no campo certo", ressaltou. 
O secretário ressalta que a ação da prefeitura representa um rompimento de contrato com o Estado. “Continua essa pendencia da questão da integração. O problema vai ficando mais grave, porque temos uma parcela da população que vem da Região Metropolitana, quando chegam na Lapa, por exemplo. Ao não fazer a integração, a prefeitura quer que o passageiro pague a segunda passagem para a mesma viagem. Nós consideramos que isso é um rompimento de contrato com a prefeitura. Se a prefeitura não quiser dar uma solução, nós vamos dar uma solução, o que não pode acontecer é o que a prefeitura fez com a gente com a questão do CAB”, completou. 

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