Política

Marqueteiro do PT e mulher revelaram detalhes do apoio de Eike e do J&F

Publicado em 05/04/2017, às 10h32   Redação Bocão News



O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta terça-feira (4) o acordo de delação premiada do ex-marqueteiro do PT João Santana, da mulher dele, Mônica Moura, e de André Luis Reis Santana, funcionário do casal. Mas, para conseguir um acordo, o casal Santana teve que aumentar a oferta.
Segundo o jornal O Globo, há mais de um ano, já se dizia disposto a entregar detalhes sobre apoio ilegal de Eike Batista e do Grupo J&F ao PT. Agora, foi preciso levar a Procuradoria-Geral ao coração do financiamento escuso de campanhas petistas, ao meio da sala onde se debateu a reação às descobertas da Lava-Jato e o próprio risco de prisão dos envolvidos. Também foram à intimidade da relação do ex-presidente Lula com líderes latino-americanos eleitos em campanhas sob responsabilidade do casal.
Ainda de acordo com a publicação, são vários os pontos de interseção entre a delação dos executivos da Odebrecht e do casal Santana. Uma colaboração corrobora a outra. A Lava-Jato passa a ter à mão informação sobre quem pediu, quem pagou, como pagou, para que pagou. São casos sem necessidade de obtenção de novas provas, provavelmente os primeiros a ter sigilo levantado pela Justiça.
A publicação afirma que na Procuradoria Geral da República (PGR), pesou entendimento que já tinha sido adotado pelo juiz Sérgio Moro ao conceder liberdade ao casal depois de pagarem fiança de R$ 31,5 milhões, no ano passado: João e Mônica fizeram marketing político com dinheiro sujo. O que é diferente de operacionalizar esquema para obtenção do dinheiro sujo.

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