Política

Em investigação, PGR chegou a pedir busca e apreensão contra Aécio

Publicado em 06/06/2016, às 06h41   Redação Bocão News



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a solicitar uma ação de busca e apreensão no Senado para coletar dados para o inquérito que apura a acusação de que o atual presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), atuou para "maquiar" dados da CPI dos Correios, em 2005, de acordo com informações publicadas pela Folha.
A medida, no entanto, foi abortada depois que o Senado garantiu que daria acesso irrestrito aos documentos. A suspeita sobre Aécio foi levada à PGR pelo ex-senador Delcídio do Amaral, delator da Operação Lava Jato. Ele afirma que Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural à CPI para poder "apagar dados bancários comprometedores" e evitar que a apuração sobre fraudes na instituição levasse a nomes do PSDB.
Segundo o jornal, o pedido da PGR foi feito em uma ação cautelar sigilosa, em maio. A iniciativa foi tomada depois que o jornal "O Globo" divulgou que documentos da CPI haviam sido deslocados do arquivo do Senado para outro setor da Casa a pedido de Aécio. O inquérito sobre o tucano está sob os cuidados do ministro do STF Gilmar Mendes, que chegou a autorizar o pedido, fazendo ressalvas de que a ação fosse discreta e acompanhada por um oficial de justiça do Supremo.
De acordo com a publicação, a operação só não ocorreu porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), emitiu nota para rebater a versão de que os documentos da CPI teriam sido alvo de manipulação indevida e encaminhou ao Supremo petição dizendo que os documentos eram públicos e estavam à disposição da Justiça.
Em nota, nesta sexta-feira (3), o gabinete de Aécio disse que considerou a decisão do ministro "adequada, pois contribui para garantir transparência ao processo".

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