Política

Impeachment: deputados federais baianos pedem mais atenção de Rui Costa

Publicado em 13/04/2016, às 11h57   Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf) Direto de Brasília


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O governador da Bahia, Rui Costa, esteve em Brasília nessa terça-feira (12) para se reunir com dirigentes de partidos da base aliada a presidente Dilma Rousseff (PT), a exemplo do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD). As conversas fazem parte da estratégia do governo para barrar o impeachment na Câmara dos Deputados. 
O PSD anuncia ainda nesta quarta-feira (13) se fica na base de Dilma, mas no Congresso Nacional a saída já é dada como certa. O problema agora é conseguir segurar alguns dos votos. A vinda de Rui Costa garantiria, a princípio, os cinco baianos. Mas não há garantias devido ao efeito manada identificado pela própria articulação do Palácio do Planalto.
Outros parlamentares, também propensos a continuar ao lado da presidente, se queixaram por não terem recebido a atenção do governador baiano. Não que isso interfira decisivamente no voto de domingo (17), mas a falta de “atenção” é vista com maus olhos, como confidenciou um deputado à reportagem do Bocão News.
Na segunda-feira (11), dia da aprovação do relatório favorável à admissibilidade do processo de impeachment, logo após o encerramento da votação, um deputado estadual da Bahia ligou para um federal. A conversa, presenciada pela reportagem do Bocão News, girava exatamente em torno da necessária participação enérgica de Rui Costa na condução da bancada baiana. Um dia depois o governador veio, mas, ao que parece, não conseguiu agradar a todos e neste momento isto é contraproducente.
No recorte do início da manhã desta quarta, pode se verificar uma exceção na bancada do PP, onde oito votos, dentre eles quatro baianos, ainda podem manter o apoio à Dilma.
Partidos na Câmara avaliam posicionamento
No PR, o prognóstico é que entre 20 e 25 parlamentares fiquem com Dilma, dois baianos inclusos, no entanto, este cenário tende a mudar se a ventania continuar favorável ao impedimento da presidente.
No PTB a conta estava, até ontem a noite, 14 a 5 pró-impeachment. A conta está sendo feita no minuto a minuto, entretanto, nos corredores da Câmara o clima é de que o assunto não é mais sobre votos contra ou a favor, e na oposição, as discussões estão em torno da relatoria no Senado. O governo precisa, segundo diversos deputados ouvidos pela reportagem, ter algum fato político novo entre quarta e quinta-feira. Caso contrário, pode jogar a toalha.
Neste sentido, o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), ou alguma denúncia forte contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB) são dois fatos políticos que poderiam auxiliar na missão do Planalto de mudar a opinião de quem está ao lado do relatório, de quem ainda não anunciou a decisão ou daqueles que esperam este fato para se pronunciar.

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