Após prisão, exoneração do secretário de Educação de Santo Amaro é oficializada

Preso na última quinta-feira (28), acusado de envolvimento em um suposto esquema de desvio de dinheiros na Secretaria de Educação de Santo Amaro, o titular da pasta, Tales Antonio Moraes Campos, foi exonerado do cargo pelo prefeito Ricardo Machado do Carmo, de acordo com o Decreto nº 18/2016.

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O prefeito Ricardo Machado, em entrevista ao Bocão News, confirmou o afastamento e justificou que o decreto de exoneração foi publicado a pedido do próprio secretário preso pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado, acusado de enriquecer ilicitamente.

 “Ele me fez esse pedido. Fizemos o ato na quinta-feira (28) mesmo (dia da prisão) e foi publicado na sexta-feira”, relatou Ricardo Machado.

A defesa do secretário de Educação de Santo Amaro pediu a revogação da prisão do gestor, nesta sexta-feira (29), mas o pedido foi indeferido pela juíza Janete Fadil de Oliveira, da comarca de Santo Amaro.

Em resposta a matéria publicada pelo Bocão News relatando a prisão do secretário de Educação de Santo Amaro, a Secretaria Municipal de Educação da cidade, por meio de nota, disse na última sexta-feira (29) ter tomado como surpresa a prisão do secretário.

“O Sr. Tales Campos assim que descobriu as irregularidades realizadas pela coordenação de recursos humanos da Secretaria de Educação, acionou a procuradoria jurídica municipal solicitando a abertura de um processo de sindicância e desligando automaticamente a funcionária comissionada responsável pela inserção irregular de valores nos vencimentos de 14 funcionários efetivos deste município”, disse.

Prisão

Tales Campos foi preso na cidade de Lauro de Freitas quando chegava com seu carro em um imóvel, local que, segundo a polícia, era o esconderijo do secretário.

De acordo com o Ministério Público, Tales Campos presidia o esquema de enriquecimento ilícito, com a ajuda de outros 14 servidores do município - Isabela Pinheiro Pereira, Angela, Cintia, Cristiane, Edinei, Elenise, Elza, Flávia, Luzimaia, Maria Miranda, Maria Pinheiro, Raimunda e Sabrina Maria Brito,esta última era responsável por repassar o dinheiro para o secretário.

Selecionava os funcionários que iriam receber vantagens indevidas sob as rubricas de diferença de atividade complementar, diferença de vencimentos, atividade complementar e diferença de desdobramento.

Folhas de pagamento com as irregularidades eram confeccionadas e posteriormente os valores eram creditados nas contas dos servidores, que aceitavam participar do esquema sem que houvesse qualquer tipo de requerimento administrativo. Servidores que recebiam os valores pagos pelo município e os devolviam para o secretário.

Segundo o MP, o esquema de enriquecimento ilícito teria lesado os cofres do município do Recôncavo no valor atualizado de aproximadamente R$ 36 mil.

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