Vídeo: Coronel agride entregador por aplicativo: 'Veio pra cima de mim e eu corri'

A briga envolvendo um policial militar e um motoboy, no último domingo (12), foi registrada pelas câmeras de segurança da entrada de um condomínio residencial, localizado em Vicente Pires, no Distrito Federal. Nas imagens, é possível ver que o tenente-coronel Marcelo de Araújo Alves, que trabalha na Secretaria de Segurança Pública do DF, desceu do veículo e começou a encarar o entregador.

Em seguida, ele deu dois socos no motociclista, que estava de capacete e saiu correndo. O PM correu atrás do entregador e, minutos depois, voltou para a frente do residencial, empurrou a moto do rapaz e pisou diversas vezes até amassar o bagageiro.

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A Secretaria de Segurança Pública disse ao G1 que "os fatos relacionados à conduta do policial serão apurados pela Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal, órgão de origem do servidor".

Segundo o Portal da Transparência do GDF, Marcelo é assessor especial militar da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e recebe um salário de R$ 17,4 mil.

O motociclista, identificado como Cleyton Alves do Rego, que faz entrega há 15 anos, disse que foi abordado pelo militar na porta do condomínio. "Quando o portão abriu todo, ele foi com o carro pra cima de mim como se quisesse me empurrar pra fora. Aí tirei a moto da frente dele e ele saiu totalmente alterado do carro, ele tem estatura grande, eu sou baixo, e veio com truculência, falando que eu era folgado. Eu disse 'cara, estou trabalhando, estou apenas trabalhando'", conta Cleyton.

Um boletim de ocorrência foi registrado pelo entregador na delegacia de Vicente Pires na tarde desta segunda e contou que agiu em legítima defesa. "Veio pra cima de mim e eu corri, estava com capacete dei capacetada nele pra me defender. Veio fazendo gesto que estava armado e a única coisa que eu tinha era capacete, me defendi com capacete", conta o entregador.

O PM também registrou boletim de ocorrência, como vítima das agressões. O caso está sendo investigado como injúria e lesão corporal. "Agora à tarde conseguimos imagens do condomínio que comprovam parte da versão do motoboy e, caso isso se comprove, o PM vai ser indiciado por lesão corporal, injúria e ameaça, mas vamos tentar entender o que levou esse PM a agir dessa forma", disse o delegado João Ataliba.