Salvador

Jovem é morto com golpe de facão por pai da namorada em Boa Vista de São Caetano

Arquivo Pessoal
Matheus Fernandes Silva, 18 anos, cursava o Ensino Médio em uma escola estadual e estagiava na Procuradoria do Estado  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 23/06/2018, às 15h27   Redação BNews


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Eram por volta das 11 horas da manhã, da última quinta-feira (21), quando a tia do jovem Matheus Fernandes Silva, 18 anos, foi informada por meio de uma ligação que o sobrinho havia sido atingido por um golpe de facão no pescoço, dentro de uma casa, na Boa Vista do São Caetano, em Salvador.

“Ligaram para o telefone da minha esposa e a gente ficou sabendo. Ele morreu no local. Foi atingido dentro de casa. Andou questão de dez metros e morreu. Não deram socorro. Se tivessem dado socorro, poderia ter sido salvo”, conta o professor de matemática e tio da vítima, Carlos Melo, em entrevista ao BNews.

Segundo o tio de Matheus, o sobrinho namorava uma adolescente de 14 anos que ainda não tinha sido apresentada à família. “A gente não sabia que ele estava namorando essa menina. A gente não conhecia, ele não falou para gente. Há mais ou menos um mês ele terminou com uma menina aqui da comunidade. A única coisa que a gente sabia sobre a nova namorada era que eles estudavam no mesmo colégio, Assis Chateaubriand, aqui em São Caetano”, detalha.

Segundo o professor, o autor do crime foi Joselito Costa Cardoso, pai da namorada do sobrinho, que não aprovava o relacionamento. Os adolescentes estavam sozinhos em casa, quando o pai dela chegou e flagrou os dois juntos. Logo depois, Joselito atacou a vítima com o facão.

“O pai da menina fez isso com ele. Todo mundo tem certeza. Ele fugiu. A menina viu tudo e contou para a delegada. A menina ainda disse que ele não aceitava o relacionamento, mas não era para tanto. Não precisava tirar a vida do meu sobrinho. Não tinha motivo nenhum. Isso não era motivo para tirar a vida dele. A mãe dela, que é crente, ligou para o pai de Matheus e disse que gostava muito do meu sobrinho”, diz emocionado.

Ainda em entrevista, Carlos revela que educou Matheus desde criança. “A mãe dele faleceu quando ele tinha quatro anos. Eu que o criei, dei o nome a ele, um nome muito bonito. A tia dele, irmã da mãe dele, é minha companheira há 20 anos. Infelizmente... A ficha ainda não caiu. A gente vai entregar a Deus. O pai da menina não tem Deus no coração. Fazer uma coisa dessa? A Justiça está atrás dele”, desabafa.

E continua: “Matheus fez 18 anos no dia de 6 de maio. Estava cheio de saúde. Queria ser jogador de futebol, jogava muita bola. Era dedicado, estagiava na Procuradoria Geral do Estado. O pai veio e tirou a vida dele, ele nunca tinha visto meu menino na vida. A primeira vez que viu, matou meu sobrinho. Fica difícil entender. A gente quer entender”.

Em apelo feito ao site, o pai de Matheus, Genilson, contou que a adolescente já sabia que o pai não aprovava a relação. “Ela sabia que o pai não queria o namoro dos dois e chamou ele para lá. Ele só tinha 18 anos, estudava, trabalhava, e amava jogar bola. A menina, mesmo sabendo que o pai não queria o namoro, continuou e não informou nada ao meu filho. Isso não  pode cair no esquecimento. Mais um jovem com um sonho pela frente... Assassinado por mais um covarde. Queremos justiça, isso não pode ficar assim”.

O corpo do jovem foi enterrado na tarde deste sábado (23), no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas, na capital baiana. A Polícia Civil investiga o caso. A prisão temporária de Joselito já foi solicitada.

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