Polícia

“Era um namoro estranho, que a gente não entendia”, diz amiga de jovem morta

Publicado em 18/04/2017, às 19h13   Tony Silva


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Amigas de Andreza Victória da Paixão, 15 anos - assassinada com disparos de arma de fogo na cabeça, na noite desta segunda-feira (17), na Rua do Bispo no Km 17, bairro Itapuã, em Salvador - conversaram com a reportagem do Bocão News e relataram detalhes do relacionamento da jovem com o suspeito Adriel Montenegro, durante o sepultamento da adolescente, realizado na tarde desta terça-feira (18), no cemitério Bosque da Paz, localizado no bairro da Estrada Velha do Aeroporto. 

Segundo uma vizinha e amiga da garota, que pediu para não ser identificada, o relacionamento entre Andreza e Adriel durou 11 meses e há três ela havia rompido com o suspeito. Ainda conforme o relato de amigas da adolescente, Adriel “sempre foi grosso com Andreza”, ela completou ponderando: “Era um namoro estranho e a gente não entendia”.

As amigas de Andreza ainda disseram que o pai da jovem soube da relação entre ela e Adriel quando o casal estava junto há sete meses e proibiu a filha de se envolver com Adriel, como também de sair de casa. “A gente tinha que pedir muito para que o pai dela a deixasse sair com a gente depois disso. O horário dela entrar em casa, sempre foi 22 horas, mas depois disso, nem na frente de casa ela podia ficar”, relata amiga da vítima.

Ainda de acordo com o relato das amigas da jovem, Andreza sabia do envolvimento de Adriel com o crime e por isso escondia a relação do pai. Por outro lado, Adriel sempre pedia desculpas a Andreza, mas parece não ter se conformado com o término do namoro. “Ele fazia ameaças a ela pelo Facebook, se alguém entrar na conta dela vai ver”, disse uma das amigas durante o velório de Andreza.

Já o tio de Andreza, Vagner Paixão, 33 anos, declarou que a notícia do relacionamento da jovem com Adriel foi tão bombástica e surpreendente aos familiares, quanto da própria tragédia da perda da adolescente. Segundo Vagner, Andreza era uma adolescente de bom coração e costumava ajudar as amigas da rua. “Ela era uma jovem acima da média”, disse o tio que ainda ponderou sobre o que teria levado uma menina tão tranquila a se envolver com um jovem que já possui passagem pela polícia. Ele atribuiu a “as influencias que juventude de hoje sofre e suas consequências”.

Andreza morava com o pai e um irmão na localidade do Alto do Coqueirinho, no bairro de Itapuã. Equipes do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) investigam o caso.

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