Polícia

Presidente de núcleo LGBT lamenta atentado contra a travesti “Cháina”

Publicado em 08/03/2016, às 13h33   Redação Bocão News (@bocaonews)



O atentado contra a travesti conhecida como “Cháina”, que tomou ao menos dez tiros na noite do último sábado (5) (leia aqui), no Largo do Papagaio, no bairro do Caminho de Areia, em Salvador, causou bastante indignação. Larissa Moraes, presidente do núcleo LGBT do PMDB e líder do movimento Tire Sua Bike do Armário, falou ao Bocão News sobre o caso. Ela afirmou que esses crimes são movidos pela intolerância e pelo ódio, “que se expressam nas ‘piadas’ cotidianas, nos xingamentos, na negação de emprego, na rejeição familiar e social e até na morte. Essas são as formas de punição que essa sociedade machista, lesbofóbica, homofóbica, transfóbica e intolerante encontra para continuar excluindo, marginalizando e apagando as pessoas LGBT”.

Larissa afirma que é preciso romper com esses “ciclos de violências, negações de direitos, com a discriminação”. O Brasil, segundo o relatório anual de crimes homofóbicos, é o País que mais mata LGBT. A frequência, informa Larissa, é de uma morte a cada 28 horas. “Aqui, a expectativa de vida das travestis e trans é de 35 anos, se for negra, 27. Além dos dados assustadores, há a banalização dessas violências e descaso estatal tanto no que diz respeito à assistência das vítimas quanto à apuração dos casos e aplicação das medidas cabíveis. Enquanto a transfobia estiver caminhando livremente e com o aval do Estado e da sociedade, nos depararemos com esse cenário de desumanidade”, concluiu.

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