Personalidade

Antropólogo Luiz Mott denuncia Facebook por censura em comentários e mensagens privadas

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Segundo ele, seus conteúdos já foram entendidos como spam cerca de 10 vezes  |   Bnews - Divulgação Montagem Bnews

Publicado em 09/09/2021, às 12h24   Redação Bnews


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O sociólogo e antropólogo Luiz Mott denuncia o Facebook por censurar comentários feitos por ele em publicações de amigos e até em conversas privadas, como aconteceu nesta semana, quando o usuário tentou enviar uma mensagem para um amigo sobre um conteúdo que lhe chamou atenção.

Segundo Mott, seus comentários e mensagens são bloqueadas sempre que termos e palavras ligadas à comunidade LGBTQIA+ são enviadas. Na última vez em que seu conteúdo foi classificado como spam pela plataforma, ele escreveu para um amigo que havia acabado de compartilhar uma foto do ator francês Jean-Paul Belmondo, morto aos 88 anos.

"Biba que gosta de ‘homem de verdade’, cara esculpida do machado [sic]. Freud e as estatísticas de homicídios explicam, egodistonia”, escreveu.

(Foto: Reprodução/ Facebook)

Prontamente, o Facebook reconheceu a frase trocada entre amigos como ofensiva por não seguir “padrões da comunidade sobre discurso de ódio”. O usuário recorreu da decisão, mas não obteve sucesso e ficou bloqueado da rede por sete dias. 

“O grilo e a censura do Facebook é que não permite a palavra ‘biba’, isso em uma mensagem particular, no privado. Eu tenho a impressão que isso já aconteceu uma dezena de vezes. Antes eu ficava censurado por 30 dias, agora, uma semana”, desabafa o também fundador do Grupo Gay da Bahia. 

Os seus comentários, fotos e mensagens sempre são entendidos pelo Facebook como conteúdos que disseminam o ódio e o bullying. Houve também um bloqueio por nudez."Uma outra vez fui censurado porque postei a foto de dois grevistas com a bunda de fora, um ato político, uma foto retirada da internet", completa.

O Bnews tentou contato com a assessoria de comunicação da rede social, mas não foi atendido até a publicação desta matéria. O Facebook informa aos seus usuários em sua página oficial que define discurso de ódio como um ataque direto a pessoas, e não a conceitos e instituições, baseado no que a plataforma acha de características protegidas, como raça; etnia; nacionalidade; religião; orientação sexual; casta; sexo; gênero, identidade de gênero e doença grave ou deficiência.

“Também proibimos o uso de estereótipos prejudiciais, que definimos como comparações desumanizantes que têm sido historicamente usadas para atacar, intimidar ou excluir grupos específicos, e que muitas vezes estão ligadas à violência no meio físico”, informa.

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