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PM que ordenou a morte de suspeito de roubar celular da sua esposa vai a júri popular

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Os dois executores do ataque também vão a júri popular  |   Bnews - Divulgação Divulgação/SSP-SE

Publicado em 14/07/2022, às 17h45   Redação BNews


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Um policial militar do Ceará vai a julgamento por ordenar a morte de um homem suspeito de roubar o aparelho celular da esposa do PM, em Fortaleza, há mais de 10 anos. Outro homem também foi perseguido, na ação criminosa. Os dois executores do ataque também vão a júri popular. As informações são do Diário do Nordeste.

A sentença foi proferida pela 1ª Vara do Júri de Fortaleza, no último dia 6 de julho.

De acordo com a reportagem, o então sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Edson da Silva Araújo, conhecido como 'Coquito', e os outros réus, Carlos Herbet Silva Gadelha e Halyson Valentim Batista, serão julgados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, e tentativa de homicídio qualificado.

Os documentos da Justiça mostram que Carlos Herbet e Halyson Valentim mataram a tiros Arlenson Barbosa da Silva, na noite de 31 de março de 2012, na Praça da Justiça, próximo ao Fórum Clóvis Beviláqua, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza.

O suspeito conversava com amigos, que correram ao ouvirem os disparos. Um deles ainda foi perseguido pela dupla, "que empunhava arma de fogo, e tentou matá-lo, só não concluindo porque o revólver travou", diz a decisão judicial.

"No que toca à autoria, em que pese os acusados tenham negado qualquer participação no crime, resta cristalino que a prova coligida aos autos conduz à necessidade de o caso ser submetido ao conhecimento do Tribunal do Júri, haja vista que há indícios que apontam para a autoria imediata dos acusados Halyson Valentim Batista e Carlos Herbert Silva Gadelha (executores) e autoria medita de Edson da Silva Araújo - Coquito (mandante), tendo em vista que Arlenson teria roubado celular da esposa do policial", diz Marcos Aurélio Marques Nogueira, juiz da 1ª Vara do Júri de Fortaleza.

Mesmo sendo acusado de homicídio e tentativa de homicídio, Edson da Silva Araújo segue na Ativa da Polícia Militar do Ceará.

Por meio de nota, a PMCE confirma que "o policial militar está na ativa e exerce função interna na Corporação, de Guarda de Quartel, aguardando processo na esfera criminal".

A reportagem ainda cita que a defesa do policial pediu à Justiça Estadual, nos Memoriais Finais do processo, pela impronúncia do cliente, e alegou insufiência de provas. "A prova judicializada é completamente estéril e infecunda, no sentido de corroborar com a exordial acusatória, haja vista, que o Titular da Ação Penal, não conseguiu arregimentar uma única voz, isenta e confiável, que depusesse contra o réu", considerou a defesa do PM.

O réu Carlos Herbet, através de manifestação da defesa no processo criminal, afirmou que conhecia de vista Arlenson Barbosa e que também estava na Praça da Justiça na noite do crime, mas negou ter cometido o homicídio.

A defesa de Halison Valentim também pediu pela impronúncia do cliente, nos Memoriais Finais. "A única testemunha (acusação) ouvida em Juízo, após reconhecimento de todos os acusados, (em juízo) afirmou objetivamente e com muita firmeza que nenhum dos acusados estavam na cena do crime", pontuou.

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