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Defesa Civil alerta que colapso de mina em Maceió não pode ser evitado

Reprodução/ Braskem
Segundo o órgão, a eclosão pode acontecer a qualquer momento  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Braskem

Publicado em 01/12/2023, às 11h18   Cadastrado por Bernardo Rego



O coordenador da Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés Melo, afirmou que o colapso da mina da Braskem em Maceió não pode ser evitado. “Não existe tecnologia para mitigar a situação de Maceió. A mina vai eclodir a qualquer momento”, disse o coronel em entrevista à CNN. Segundo o especialista, as ações de prevenção deveriam ter sido feitas no passado.

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“A mina está em evolução, em movimento acelerado, e se aproxima cada vez mais da superfície”. As defesas civis estadual e municipal estão fazendo monitoramento 24 horas e o plano de contingência já está em vigência para atender a população.


“Estamos passando orientações para a população. Os cidadãos podem manter a calma, não vai acontecer tsunami, terremoto ou abrir um buraco enorme na cidade”, pontuou o coordenador.


A mina está localizada 60% na lagoa Mundaú e 40% no continente, em uma área que já está isolada. “A cratera pode atingir um raio de 150 metros e a população está afastada a 2km de distância. O dano ambiental é certo que vai acontecer, mas não teremos vidas tragadas”, informou a Defesa Civil de Alagoas.


Quando a mina eclodir, a cratera deve ser preenchida com as águas da lagoa Mundaú. “A caverna tem 120 metros de altura, 60 metros de diâmetro e um raio de 30 metros. Ela será preenchida com cerca de 400 a 500 mil metros cúbicos de água”.


De acordo com a Defesa Civil, os estudos mostram que a mina está subindo para a superfície e não deve atingir outras minas. “Dará um abalo pequeno na lagoa, com um desvio de centímetros ou milímetros”, explicou o coronel.


Exploração da mina


Segundo o coordenador da Defesa Civil de Alagoas, a Braskem está na região há cerca de 60 anos. “O ideal seria que a cratera não tivesse sido explorada, os geólogos falam isso desde os anos 70. Com o passar do tempo, foi desencadeando uma série de perfurações que não obedeceram às normas técnicas. Se tivessem obedecido às normas técnicas, com certeza Maceió não estaria passando por isso”, pontuou ele.

O que diz a empresa

Em nota, a Braskem informou que a situação vem se intensificando e que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para a diminuição do impacto. A empresa reforçou ainda que segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes.

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