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Portugal faz promessa para suas ex-colônias; entenda

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Ministro da Cultura do país é o responsável por essa promessa  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Norbert - Pixabay

Publicado em 25/11/2022, às 17h06   Cadastrado por Mariana De Siervi


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Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura de Portugal, anunciou que o país fará um inventário de tesouros que estão sob o seu poder para devolve-los para as ex-colônias. Durante a expansão marítima dos séculos XV e XVI, os portugueses exploraram as riquezas do Brasil e de outras 14 colônias na África e na Ásia. As informações são de O Globo.

A divulgação foi feita em um seminário "Expresso" nesta sexta-feira (25). Durante a entrevista, o ministro fez uma promessa de criar um grupo de trabalho para criação dessa lista e contará com a ajuda de acadêmicos e diretores de museus. Pedro ainda afirmou que essa discussão pode “abrir feridas com raízes históricas e causar desconforto”, por isso não terá escrutínio público.

"Uma forma eficaz de tratar este tema é com reflexão, discrição e alguma reserva. A pior forma de tratar este tema é criar um debate público polarizado, não contem comigo para isso. É preciso um trabalho que envolva os museus e a academia de uma inventariação mais fina, e posso garantir que esse trabalho seja feito", disse o ministro.

Em 2021, um ponto turístico de Portugal foi pichado com a frase "Velejando cegamente por dinheiro, a humanidade afunda-se num mar escarlate". O monumento chamado Padrão dos Descobrimentos exalta os colonizadores que deu início para a expansão e domínio territorial em outros continentes.

Os especialistas afirmam que esse processo será longo e por isso não tem um prazo de conclusão. Uma historiadora identificada como Isabel de Castro Henriques defendeu em 2020 à Agência Lusa que tudo identificado como pilhado ou roubado deve ser devolvido, mas não é fácil saber se foram pilhados, trocados, vendidos ou oferecidos.

Segundo informações do Expresso, esses bens que foram retirados das até então colônias “são obras de arte, bens culturais, objetos de culto e até restos mortais ou ossadas retiradas das suas comunidades originais”.

Vale lembrar que esse debate já foi discutido anteriormente em 2018 quando o Presidente da França, Emmanuel Macron, encomendou um inventário de devolução aos povos africanos. Além de Portugal, Alemanha, Bélgica, Espanha, Inglaterra e Holanda também demostraram interesse em fazer o mesmo.

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