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Publicado em 28/02/2022, às 12h28 Redação
Os brasileiros Rodolfo Caíres e Clara Magalhães se solidarizaram com a situação de guerra na Ucrânia e ambos se voluntariaram para resgatar outros brasileiros que estão tentando sair do país. ⠀
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Rodolfo mora na Irlanda e alugou um carro para atravessar a fronteira da Polônia em direção à capital ucraniana, onde brasileiros estariam escondidos dentro de um bunker. Clara dirigiu da Alemanha até a fronteira da Polônia com a Ucrânia para ajudar quem tentava sair do país. Além de brasileiros, ela resgatou uma ucraniana e um nigeriano.⠀
Em virtude do conflito entre Rússia e Ucrânia, diversos brasileiros e familiares estão precisando de apoio financeiro e logístico para deixar o país.
A ideia desse financiamento coletivo é levantar fundos para transporte de pessoas para fora da Ucrânia, alimentos, roupas e medicamentos necessários e auxiliar pessoas que estejam abrigando os refugiados. Eles criaram o Instagram @frente_brazucra para publicar atualizações e divulgar a iniciativa. Por lá, é possível acessar a vaquinha que disponibilizaram para levantar dinheiro e conseguir custear os resgates.
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Rodolfo tem 32 anos e estava em Kiev, capital ucraniana, a turismo há pouco mais de 15 dias. Ele saiu de sua casa em Dublin, na Irlanda para resgatar conterrâneos em dificuldades no meio do conflito armado contra a Rússia.
"Vejo, pelas redes sociais, que há muitos brasileiros em situação de vulnerabilidade, e por isso decidi ajudar. Aluguei uma van de nove lugares e vou entrar e sair pela Polônia, que ainda está com as fronteiras abertas", diz ele à BBC.
Rodolfo contou que se planejou para levar mantimentos e galões de gasolina extras para o trajeto.
A brasileira Clara Magalhães Martins, 31, mestre em direito internacional e estudante de MBA na cidade de Leipzig, na Alemanha, foi quem teve a ideia de criar o grupo "Teto Brasuca", em busca de reproduzir a rede de apoio da qual ela faz parte no país onde mora.
Ela dirigiu até a Romênia e tem iniciativa semelhante à de Rodolfo, mas numa parte diferente do país. Clara chegou até Odessa, onde parte das tropas russas desembarcaram para invasão.
"A motivação é simplesmente estender o braço para alguém que precisa. A gente se importa com todo mundo que está lá, é simplesmente uma rede de solidariedade. Querendo ajudar e ao mesmo tempo temos um temor velado de que isso possa virar algo ainda pior", conta.
A maioria dos contatos que estão esperando resgate, diz Clara, são brasileiros, mas há também pedidos para levar amigos de outras nacionalidades - árabes, portugueses e ucranianos, aos quais eles tentarão responder organizando as viagens.
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