Mundo

No Líbano, Carlos Ghosn fala pela primeira vez após fuga: "Decisão mais difícil da minha vida"

Reprodução/CNN
O empresário fez acusações de maus tratos enquanto estava no cárcere e diz que esperava "mais ajuda do governo brasileiro".   |   Bnews - Divulgação Reprodução/CNN

Publicado em 08/01/2020, às 12h19   Redação BNews



O ex-executivo da Nissan-Renault, Carlos Ghosn, se pronunciou pela primeira vez após a sua fuga do Japão, onde cumpria prisão domiciliar, acusado de má conduta financeira. No Líbano, país o qual tem cidadania, o empresário fez acusações de maus tratos enquanto estava no cárcere e diz que esperava "mais ajuda do governo brasileiro".

"Essa (fuga) foi a decisão mais difícil da minha vida, mas eu estava enfrentando um sistema em que a taxa de condenação é de 99,4%, e acredito que esse número é muito maior para estrangeiros", justificou Ghosn.

De acordo com o empresário, os "princípios dos direitos humanos foram violados" em sua prisão e a justiça japonesa o privou de seus documentos de defesa. A sua esposa chegou a pedir a ajuda do presidente Jair Bolsonaro, que teria respondido que não falaria com as autoridades japonesas para não interferir nas investigações em andamento.

Segundo informações do G1, ele alega que foi perseguido após queda de desempenho da Nissan, no início de 2017.

Carlos Ghosn teria deixado a sua residência em Tóquio, sozinho, e partido de trem em direção a Osaka. Em seguida, o ex-executivo teria embarcado em um jato particular para o Líbano, escondido em uma caixa de instrumento musical. A aeronave ainda fez uma escala em Istambul, na Turquia.

Já em Beirute, ele divulgou um comunicado em que acusa o sistema judicial japonês de ser "fraudulento" e diz que fugiu da "justiça", mas sim da "perseguição política".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp