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TCU pede informações para investigar causas da crise no povo yanomami

Valter Campanato/Agência Brasil
Material será analisado por auditoria em parceria com CGU  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 01/02/2023, às 21h47   Redação BNews e Agência Brasil



O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, pediu que o governo federal conceda acesso integral aos sistemas informáticos para que o órgão, juntamente com a Controladoria-Geral da União (CGU), continue com a auditoria que investiga as causas da crise humanitária que aflige povos indígenas, especialmente os yanomami.

Rêgo pediu acesso ao Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi), que reúne dados epidemiológicos de 34 distritos sanitários indígenas do país; e o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), que informa a situação sanitária e de saúde de determinada população ou município.

O relator ainda pediu que o governo forneça a lista das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que atendem ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, com o respectivo número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

A auditoria feita pelas duas instituições teve início na semana passada, após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao povo yanomami.

Nesta quarta-feira (1º), durante a sessão, Vital do Rêgo informou que viajará a Roraima no dia 8 para acompanhar de perto a situação e “colher subsídios para a fiscalização do TCU”. Segundo a Agência Brasil, ele também disse ter recebido o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, para trocar informações sobre as ações a serem tomadas pelo Poder Público para combater a grave crise humanitária.

Para o ministro, existem indícios de que o aumento da extração ilegal de minerais tem proporcionado aumento de doenças como malária, problemas relacionados à contaminação da água e doenças respiratórias que aumentam a taxa de mortalidade indígena no território yanomami e ye'kuana. Segundo o ministro, as causas serão devidamente apuradas pela auditoria conjunta.

Além da investigação em parceria com a CGU, o Rêgo é relator de outro processo que apura os problemas na fiscalização da extração ilegal de ouro em terras indígenas.

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