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Taxa de mortalidade materna supera casa dos 100 para cada 100 mil nascidos vivos; saiba mais

EBC
Porcentagem de mortalidade matena saltou para 77% em 2 anos  |   Bnews - Divulgação EBC

Publicado em 22/05/2022, às 10h20   Redação Bnews



A taxa de mortalidade materna em 2021 superou a casa dos 100 para cada 100 mil nascidos vivos. Dado alarmante que faz o Brasil retornar a índice similar ao registrado na década de 90.  De acordo com dados preliminares do Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, no ano passado morreram 2.796 mulheres grávidas ou puérperas.

As mortes podem estar associadas ao pico de Covid-19 em 2021, tendo em vista que, o ápice de mortes ocorreu entre março e maio de 2021, período em que o país registrou recorde de óbitos provocados pela doença. Considerando números absolutos, foram 77% mais mortes que o registrado em 2019, período anterior a pandemia provocada pelo Coronavírus.

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"Esse número não nos surpreende. Quem estuda viroses que ocorrem durante a gravidez sabe dos riscos das viroses respiratórias [em gestantes], afirma a pesquisadora e ginecologista especialista em medicina fetal, Adriana Melo, em entrevista ao Uol.

A ideia sobre a relação entre o aumento dos casos e a Covid-19 é compartilhada também pelo obstetra Marcos Nakamura, do Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e presidente da comissão nacional especializada de mortalidade materna Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

"Acredito que a principal questão foi que a gente tinha, naquele momento de 2021, problemas de assistência em partes do Brasil. Notoriamente aí tivemos a situação de Manaus, onde faltou oxigênio; mas essas situações - em menor grau - ocorreram em várias partes do país", avaliou Nakamura, em entrevista ao Uol.

Ele ainda lembra que o país vinha conseguindo registrar reduções na mortalidade materna, mas nunca se aproximou da taxa estipulada no programa da Organização Mundial da Saúde), que é de até 30 casos por 100 mil nascidos vivos até 2030.

O Ministério da Saúde informou em que atua para fortalecer a rede de cuidado materno e infantil do SUS para, entre outras medidas reduzir as taxas de mortalidade matenha no país.

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