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Modelos baianos que vivem em São Paulo relatam racismo no Burger King

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O caso ocorreu no bairro Moema, na capital paulista  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 12/02/2022, às 17h01   Redação BNews


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Três modelos baianos que vivem em São Paulo acusam um segurança de uma unidade do fast food Burger King (BK) de racismo após terem sido seguidos dentro da lanchonete no bairro Moema, na capital paulista. O caso aconteceu na noite desta sexta-feira (11).

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Após faltar luz na república onde moram, na capital paulista, Adilson Silva, que modela com o nome Santti, Raquel Barreto, que usa o nome Zuri, e Joice Simas foram até a unidade do BK para lanchar. Eles explicam que, além de lanchar, queriam ir até o local para não ficar em casa sem energia. 

Em sua conta pessoal no Instagram, Zuri contou que ela e os amigos entraram na loja para fazer os pedidos e foram seguidos pelo segurança desde quando entraram no estabelecimento.

“A gente foi lá, entrou tranquilamente, deu boa noite, tudo certinho. Só que quando a gente foi fazer o pedido do lanche, o vigilante veio atrás da gente e ficou parado até a gente fazer o pedido. Até aí estava tudo bem, tudo certo. Nada que a gente estranhasse”, relatou.

Em seguida, os amigos foram pegar o pedido e continuaram sendo acompanhados pelo segurança da loja. Depois subiram para o segundo andar para sentar e colocar o celular para carregar, já que estavam sem energia em casa. Ao subir, Zuri disse que o segurança foi correndo atrás deles. 

“Quando a gente tá subindo a escada, o segurança subiu correndo para, obviamente, olhar a gente”, conta. Zuri relata que eles encontraram uma pessoa que também mora na mesma república e perguntou se o segurança fez o mesmo quando ela subiu para o segundo andar do BK. 

“A gente encontrou uma mulher que é daqui da casa que a gente mora e perguntamos para ela: ‘quando você subiu, ele subiu atrás de você?’ E ela é branca. E ela falou que não. Mas quando subimos, ele [o segurança] subiu correndo atrás da gente”, afirmou. 

Ela contou ainda que, ao ser questionado pela atitude do segurança, o gerente quis conversar no estacionamento para não chamar a atenção dos outros clientes. “Falamos que tinha que conversar dentro da loja porque foi lá que aconteceu o ato de racismo”, disse. 

No vídeo gravado pelos modelos, é possível ver o segurança negando o ato de racismo.

"Quando vocês subiram, a máquina de refrigerante estava desligada. Eu tenho hábito de ligar a máquina simplesmente para que a gente não tenha problema com refrigerante", diz. E acrescentou, "Para que eu ia subir atrás deles, se eles fizeram compra dos itens na loja?", depois que os amigos argumentam que ele os teria seguido.

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