Garoto “acolhido” pelo Vitória continua vendendo balas em shopping de Salvador

Dois dias após receber a promessa de que seria “acolhido” por um projeto social do Esporte Clube Vitória, o garoto que foi impedido de comer uma refeição no Shopping da Bahia continua sem perspectiva. Quando o vídeo da confusão caiu nas redes sociais – onde o menino aparece trajando uma camisa do Vitória–, o clube rapidamente capitalizou o drama alheio em uma jogada de marketing – que também foi às redes sociais.

Desde então, o garoto nem sequer foi inscrito no projeto Vitória Cidadania, que nesta sexta-feira (15) entra em recesso e só retorna em 12 dias. Nesta quinta-feira (14), o menino foi visto – com a mesma camisa rubro negra – vendendo balas, como de costume, só que desta vez dentro do Salvador Shopping.

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A assessoria do Vitória informou que a mãe do garoto não compareceu à sede do projeto, que funciona nos anexos do estádio Barradão, para entregar a documentação necessária. Isso só deve ocorrer após os festejos de São João, já que ela afirmou que viajará neste período.

As informações sobre escolaridade, condição de vida e saúde da criança de apenas 12 anos ainda são incertas. 

Conforme a assessoria, as aulas do Vitória Cidadania acontecem duas vezes por semanas, sempre no turno oposto ao da escola, cuja frequência é critério para manter as atividades. 

Inquérito - O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito para tratar o caso e conversará com a mãe para avaliar as condições em que ela vive e quais medidas podem ser tomadas para que seu filho saia da condição de trabalho infantil.

O Ministério Público da Bahia também instaurou, na terça-feira (12), um inquérito civil para apurar a responsabilidade do Shopping da Bahia por racismo institucional.

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