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Mulher acusa Hospital Roberto Santos de negligência

Imagem Mulher acusa Hospital Roberto Santos de negligência
Médicos deixaram material cirúrgico dentro de corpo de camareira   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/06/2011, às 20h25   Redação Bocão News






A camareira Iranede do Amor Divino, 41 anos, revelou que durante uma operação a que se submeteu no Hospital Geral Roberto Santos, em julho de 1996, um materiais cirúrgicos foram deixado dentro do seu abdômen.

Moradora de Jacobina, a 330 quilômetros de Salvador, a mulher estaria convivendo há 15 anos com os metais dentro do corpo. Segundo ela, há bisturi, agulha, pedaços de êmbolo de seringa e de gaze. Em fevereiro de 2008, submeteu-se por conta própria a exames de Raio-X de tórax e abdômen. O laudo da Clínica Santa Bárbara registra “clips na topografia da vesícula biliar” e “clips metálicos em hipocôndrio direto”.

A própria Justiça está convencida de que há objetos estranhos no corpo de Iranede e, em 2 de dezembro de 2008, o juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública de Salvador determinou que o material fosse retirado em caráter imediato. O estado recorreu da decisão, mas, em maio deste ano, o juiz Mario Albiani Júnior estipulou multa diária no valor de R$ 3 mil por dia em caso de descumprimento, informa matéria do A Tarde.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informou que “são utilizados clipes metálicos de titânio para ligar a artéria e o ducto cístico” durante cirurgias de retirada de vesícula. Mas a nota não justifica porque o mandado judicial não foi cumprido. Nos hospitais públicos, mesmo tendo uma decisão favorável da Justiça, Iranede não é aceita.

Desde a cirurgia, a camareira sofre com dores fortes e inchaços, além de dificuldade de movimento nas pernas. Em virtude de dores constantes na coluna, Iranede perdeu o emprego, em outubro de 1997, em um hotel.

Foto: Andrea Faria / Correio

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