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Conheça mãe e filha que "moram" em MC'Donalds, após passar diversos calotes em hotéis de luxo

Reprodução/ CBN
Vindas do Sul, mãe e filha chegaram durante o Carnaval e, desde então, passam a maior parte dos dias no restaurante  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ CBN

Publicado em 27/04/2024, às 00h06 - Atualizado às 07h59   Cadastrado por Letícia Rastelly


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Uma equipe de reportagem da CBN trouxe à tona um mistério, que pouco depois foi elucidado por ela mesma. Quem são as duas mulheres que têm “morado” há três meses no Mc’Donalds do Leblon, área nobre do Rio de Janeiro? Mãe e filha, oriundas de Porto Alegre, identificadas como Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratoni Geremia, de 31.

As sulistas, que sobem e descem com pelo menos cinco malas grandes, passam o dia na lanchonete, onde fazem suas refeições e usam o banheiro. Quando o estabelecimento fecha, às 17h, elas ficam pela calçada, onde também dormem, até que o Mc’ Donalds volte a abrir, no dia seguinte, às 10h.

A situação, que poderia se encaixar em qualquer quadro de pessoa em situação de rua chama a atenção pois elas possuem celulares, sempre estão com roupas limpas, bem maquiadas, têm dinheiro para pagar o consomem na região e não aceitam ajuda, nem de moradores, nem do poder público.

Para a reportagem, elas disseram que estão no Rio de Janeiro há oito anos e que estão procurando um lugar para alugar no Leblon, por até R$ 1.200, mas não há imóveis nesse valor na região. Mãe e filha alegam que estão visitando apartamentos e não querem gastar dinheiro em uma nova moradia, até que escolha a casa que realmente querem morar.

Histórico

Bruna, que se apresenta como fluente em inglês, espanhol e com noções de francês, já trabalhou em diversos lugares do Rio de Janeiro como atendente, recepcionista e até professora de idiomas. Em todos, ficou poucos meses.

Já o que a CBN conseguiu descobrir sobre a mãe é que ela se casou com um homem que, hoje, mora no Reino Unido. O casal era sócio de uma empresa que atuava com comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, além de defensivos agrícolas e adubos. Tudo isso em Porto Alegre.

Tanto no Rio Grande do Sul, quanto no Rio de Janeiro, elas possuem um histórico de calotes em imóveis de aluguel e hotéis, que já dura cerca de 10 anos. Elas firmam um contrato, mas logo depois param de pagar.

Em Porto Alegre elas foram condenadas pelo Tribunal de Justiça, após passar quatro meses morando em um imóvel sem pagar, em 2017.  No Rio já há, pelo menos, três processos, com o primeiro datado de 2019, onde os juízes as condenam a pagamento, despejo ou declara que elas não têm como arcar as dívidas. Em todos, há uma dificuldade de conseguir encontra-las.

“Conheço elas pelo histórico (do local) onde eu trabalhei, um hotel em Copacabana. Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo”, disse um vendedor da região. A história foi confirmada pelo hotel, que não denunciou o caso para evitar exposição.

Com a repercussão do caso, outros cariocas afirmam já tê-las visto “vagando por aí”, tendo “morado” no Parque Jardim de Alah, que também fica no Leblon, e no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.

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