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BaVi: Rogério Ceni mede forças com Léo Condé em primeiro clássico do ano; saiba mais

Felipe Oliveira / EC Bahia / Victor Ferreira / EC Vitória / Montagem BNews
No primeiro BaVi de 2024, Léo Condé e Rogério Ceni se enfrentarão pela primeira vez na história do futebol brasileiro  |   Bnews - Divulgação Felipe Oliveira / EC Bahia / Victor Ferreira / EC Vitória / Montagem BNews
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 17/02/2024, às 08h55



Dois treinadores emergentes se enfrentando pela primeira vez na história do futebol brasileiro. Apesar de no papel um ter feito mais do que o outro e um time ter mais poderio em campo quanto financeiro do que o outro, clássico é clássico e se resolve dentro das quatro linhas. Léo Condé e Rogério Ceni vão se enfrentar no primeiro BaVi de 2024 e medirão as forças do seu trabalho e do grupo que dispõem em mãos.

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Com um ano à frente do Vitória e duas conquistas inéditas na carreira (título da Série B e acesso à Série A), Léo Condé tem o desafio de conduzir um Rubro-Negro repleto de mudanças. Do outro lado está Rogério Ceni, com apenas cinco meses de trabalho e a permanência na Série A em 2023, mas que carrega agora uma outra equipe e com uma expectativa ainda maior para essa temporada. 

Léo Condé, 45 anos, e Ceni, 51 anos, como sobredito, nunca se enfrentaram à beira do campo e será tudo novo para os dois treinadores. Apesar disso, Condé tem uma vantagem: saber como é um BaVi, afinal ele já participou de um em 2023, válido pela Copa do Nordeste daquele ano. O resultado acabou 1 a 1.

No próximo domingo, o confronto será muito além de um medidor de forças e como um termômetro para a Série A de 2024. Servirá também como um fator decisivo para o Campeonato Baiano de 2024. Isso porque, caso ganhe, o Bahia pode garantir a sua classificação para a segunda fase do certame estadual e complicar a vida do Vitória. Do outro lado, caso o Leão da Barra ganhe, o Rubro-Negro igualará a pontuação do seu maior rival, podendo colocar um pé e meio na segunda fase do Baianão 2024.

Semelhanças

Existem semelhanças nos trabalhos de Léo Condé e Rogério Ceni. Os dois chegaram aos clubes como "bombeiros" e fizeram um trabalho de reconstrução. Condé chegou ao Vitória em fevereiro de 2023 e mesmo bastante contestado pela torcida Rubro-Negra conduziu o Leão da Barra ao inédito título da Série B. Já Ceni, chegou ao Bahia em setembro de 2023, elevou o rendimento do time, e alcançou o menor dos objetivos traçados pela diretoria do Bahia para a temporada: a permanência na Série A.

Em 2024, tanto Léo Condé quanto Rogério Ceni tiveram a manutenção dos pilares dos seus times. No Vitória, permaneceram Lucas Arcanjo, Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo, Matheusinho, Osvaldo e Iury Castilho. Já no Bahia ficaram Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, David Duarte, Rezende, Cauly, Biel e Thaciano.

Com a manutenção do time base, Bahia e Vitória foram ao mercado da bola de forma distinta. O Tricolor de Aço investiu cerca de R$ 50 milhões na aquisição de novos jogadores como Everton Ribeiro, Caio Alexandre, Jean Lucas, Victor Cuesta, Santiago Arias, Oscar Estupiñán e Iago Borduchi - este só chega em julho -. Já pelo lado do Vitória, sem poder investir tanto no mercado, contrtou 15 atletas com um perfil mais físico e menos técnico: Patric Calmon, Willian Oliveira, Alerrandro, Muriel, Luan, Daniel Jr., Everaldo, Maycon Cleiton, Eryc Castillo, Caio Vinícius, Cristián Zapata, Alexandre Fintelman, Caio Dantas, Raul Cáceres e Lucas Esteves. Inclusive, informações obtidas pelo BNews dão conta de que já há uma lista de dispensa sendo formada para quando findarem os torneios do primeiro trimestre.

Não é à toa o tamanho favoritismo do Bahia para o clássico BaVi. No papel e no campo as propostas são distintas. O Bahia tem um time mais técnico, enquanto o Vitória tem um time mais "físico". Resta saber como em campo os times irão se comportar e quem levará a melhor no primeiro BaVi dessa temporada.

Pensamentos para 2024

O recorte ainda é muito pequeno, afinal poucos jogos dos dois times aconteceram até o momento. Apesar disso já dá para ter ideia de como os dois técnicos trabalham.

Léo Condé manteve o sistema apoiado em dois pontas abertos, um segundo volante que chega bem na área, um meia que circula pelo campo e um centroavante de ofício. O treinador do Leão tem ainda como trunfo o sistema defensivo que tem um bom aproveitamento desde o fim do ano passado. Apesar disso, o Vitória, em 2024, segue repetindo os erros de 2023 quando joga longe de Salvador, com pouca eficácia no atanque e algumas deficiências defensivas que acabam prejudicando o Rubro-Negro.

Já pelo lado do Bahia, Rogério Ceni tem priorizado o seu meio-campo. A formação do "quarteto mágico" tem o dedo dele. Com Cauly, Everton Ribeiro, Caio Alexandre e Jean Lucas - ainda tem o Biel no banco -, a equipe aposta na posse de bola para controlar as ações do jogo. Ceni também abriu mão de usar um "camisa nove" para ter um ataque mais móvel e com uma recomposição mais aprimorada. O ponto fraco do Esquadrão de Aço está justamente no que pecou em 2023: a transição defensiva. Isso ficou exposto, por exemplo, na derrota para o River-PI, que ganhou a partida após marcar um gol no contra-ataque conhecido como "contra-ataque de vídeogame".

Bahia x Vitória

O jogo já está com a arbitragem definida. Os torcedores do Vitória, já que o clássico terá torcida única, terão um esquema especial de ônibus. Já em campo, o Leão da Barra terá retornos importantes, enquanto o Esqueadrão de Aço também estará completo para o duelo das duas maiores forças do Estado da Bahia.

Assista ao Arena BNews da última sexta-feira (16):

Classificação Indicativa: Livre

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