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Ex-jogador e ídolo do clube, Vanderson diz: "Eu amo o Vitória"

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Ele saiu do clube de uma maneira que machucou o ex-volante  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 03/04/2020, às 21h33   Galáticos Online



A equipe dos Galáticos Online fez uma entrevista exclusiva com o ídolo do Leão que é conhecido pela torcida como "Pitbull", Vanderson. E em um bate-papo descontraído, ele falou sobre seu amor pelo Vitória, sobre sua saída (algo que ele nunca tinha comentado abertamente), entre outros assuntos relacionados à sua passagem pelo Rubro-Negro. 

Perguntado sobre como foi jogar pelo Leão, ele foi curto e objetivo: "Me sinto honrado por fazer parte da história desse clube tão grande". Ele comenta como foi sua vida antes de se tornar profissional, lembra com orgulho ter trabalhado desde cedo e diz que não desistiu porque tinha metas e pensava sempre na família. 

"70% ou 80% dos jogadores de futebol vêm de famílias humildes, e meu caso não foi diferente. Quando virei profissional, meu primeiro sonho era dar uma casa para minha mãe, e consegui. Se eu não tivesse metas, eu teria desistido cedo, eu andava 7 km quase todos os dias porque não tinha dinheiro para pagar o ônibus. Trabalhei desde cedo para ajudar em casa, o início foi muito difícil", contou o jogador. 

"Fui vendedor de picolé, limpava o quintal dos outros, fui pedreiro e nunca senti vergonha de trabalhar. Por isso, sou quem sou hoje, respeito todos e não discrimino ninguém", destacou.

Emocionado, Vanderson relembrou o momento mais marcante dele com a camisa do Vitória. "O momento que mais me marcou no Vitória foi o acesso da Série C para a Série B. Era um momento muito difícil do clube e eu saí de um clube que disputava a primeira divisão com o objetivo de ajudar o Vitória, de colocar o clube na Série A. A campanha na Copa do Brasil de 2010 também foi algo para ficar marcado na memória dos torcedores e dos jogadores", citou.

Infelizmente, apesar da linda história no Leão, ele saiu do clube de uma maneira que machucou o ex-volante. Para ele, a diretoria poderia ter agido de outra maneira.

"A forma como eu saí do Vitória me deixou muito triste. A forma que Antonio Lopes me tirou do time me surpreendeu e entristeceu. Eu não sou melhor que ninguém, só queria entender por que ele me tirou e deixou de me relacionar para os jogos. Quando o Vitória foi rebaixado em 2010, logo quando acabou o jogo contra o Atlético-GO, um diretor do clube disse que o presidente queria falar comigo. Passaram-se meses e ele não falou nada. Eu só queria receber um obrigado por tudo o que eu fiz pelo clube. Poucas pessoas sabiam disso, estou contando abertamente pela primeira vez", afirmou.

Mas apesar da maneira que saiu, ele fez questão de frisar que não guarda mágoas e que tem certeza que está no coração do torcedor rubro-negro: "Eu fico feliz porque a torcida não esqueceu de mim. Tenho certeza que fiz história no clube por ter me doando sempre em campo".

Com descontração e bom humor, o ex-atleta falou do seu gol mais marcante com a camisa vermelha e preta. "Fiz poucos gols pelo Vitória, mas um que me marcou muito foi um contra o Fortaleza, onde vencemos de goleada. Me marcou porque no intervalo do jogo, eu conversei com Sandro e disse que sentia que faria um gol. Depois que marquei, fiquei muito feliz".

Por fim, ele ressalta o carinho pela torcida, o amor pelo clube e sua marca registrada, a raça durante os 90 minutos. "Sempre fui muito raçudo em campo, independente de quem fosse o adversário. O amor que sinto pelo Vitória hoje é pela gratidão que tenho pelo clube. Fiquei arrasado quando saí do Leão porque eu queria dar mais, ajudar mais e deixar o time na Série A", explicou.  

"Tudo o que fiz pelo Vitória foi por amor à camisa e faria tudo de novo se precisasse. E marque aí, esse ano o Vitória vai subir", completou.

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