Após o presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, José Rocha cogitar uma intervenção no clube, o responsável pela ação que revogou a liminar que garantiu a Assembleia Geral de Sócios e invalidou o novo estatuto aprovado deu sua versão sobre o imbróglio. Em entrevista à Equipe dos Galáticos, o conselheiro Juarez Wanderley se defendeu e justificou a ação.
"Sou juiz do trabalho e nunca advoguei em favor do clube e nem entrei com ação em favor do Vitória. A ação é em meu nome, pois me senti atingido. A ação tem seis meses, quando me colocaram como suplente nessa comissão de reforma do estatuto. Foi estabelecida a comissão à revelia do Conselho Deliberativo, onde fui excluído como conselheiro", explicou.
Já sobre uma possível intervenção no Leão, o jurista se posicionou contrário e viu como um "equívoco" o desejo de José Rocha. "Respeito muito o deputado José Rocha. Ele tem uma grande história dentro do clube. Mas, acho que nesse episódio ele está equivocado. As partes envolvidas deveriam voltar atrás em favor do Vitória. O deputado poderia convocar uma reunião do Conselho Deliberativo para votar as propostas de mudança do estatuto feitas pelos conselheiros. Após votarmos as propostas, que se não me engano foram de 33 conselheiros, levaríamos para a Assembleia Geral", disse.
Por fim, Wanderley garantiu ser a favor das eleições diretas e afirmou que não vê possibilidade de a mesma não acontecer. "Todos nós sabemos que a Eleição Direta é um caminho sem volta. A decisão judicial determina que o deputado José Rocha convoque uma reunião do Conselho para apreciar essas propostas feitas pelos Conselheiros. Depois, as propostas vão para a Assembleia Geral de sócios, que podem aceitar ou não essas propostas. É só isso. Não há risco de não ocorrer a eleição direta, até porque ela já foi aprovada em assembleia realizada no Barradão", encerrou.
Foto: Roberto Viana / Arquivo / Bocão News
Publicada originalmente às 6h50
