Economia & Mercado

Com varejo e serviços, a economia brasileira cresce 0,47% em agosto

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No entanto, as incertezas das eleições presidenciais provocaram uma lenta retomada de ritmo  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Paulo Whitaker/Reuters

Publicado em 17/10/2018, às 13h02   Redação BNews


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No período de agosto os setores de varejo e serviços contribuíram no crescimento, acima do esperado, na economia brasileira com 0,47% em relação a julho, segundo o Banco Central. No entanto, as incertezas das eleições presidenciais provocaram uma lenta retomada de ritmo. O cálculo do banco é feito por meio do indicador IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), e os dados são dessazonalizados, descontando-se, assim, os efeitos típicos dos meses para possibilitar a comparação.

Além disso, o resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da agência de notícias Reuters de alta de 0,25%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 2,5%. Entretanto, o IBC-Br de agosto também destaca a morosidade da economia, uma vez que o índice desacelerou após avanços de 3,45% –resultado provocado pela retomada após forte queda no mês anterior devido à greve dos caminhoneiros– e de 0,65% em julho.

O comportamento positivo da economia em agosto indicado pelos dados do BC acompanha os números do IBGE para os setores de comércio e serviços. Já as vendas do comércio tiveram alta de 1,3% em agosto, os serviços cresceram 1,2%. Apesar das altas superarem as expectativas de economistas, os números ainda não representam uma retomada.

A gerente de pesquisa Isabella Nunes explicou que o resultado de agosto no comércio foi uma ‘’recuperação de perdas’’ pela greve dos caminhoneiros.

No sentido contrário aos dois setores, a indústria brasileira foi pressionada em agosto pelos bens intermediários e registrou contração inesperada no mês em meio a um ambiente de atividade econômica fraca e incertezas às vésperas da eleição presidencial.

A produção industrial caiu 0,3% em agosto na comparação com o mês anterior, de acordo com o IBGE. O resultado foi o segundo negativo após queda de 0,1% em julho, o que não acontecia desde o final de 2015. O dado também contrariou a projeção de alta de 0,2%, também em previsão da Reuters com economistas. Pesquisa da agência Bloomberg previa crescimento de 0,3% no mês.

Recentemente o BC piorou sua projeção de crescimento da economia brasileira para 1,4% neste ano, e previu aceleração para 2,4% no ano que vem.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento preveem uma elevação de 1,6% do PIB neste ano e de 2,5% no ano que vem. Enquanto isso, a projeção mais recente de economistas ouvidos pela pesquisa Focus, feita semanalmente pelo BC, é de que o PIB crescerá 1,34% em 2018 e 2,5% em 2019.

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