Economia & Mercado

Lançamento do iPhone15 impacta na Apple e em suas ações; saiba como

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Apple apresentou ontem a linha de aparelhos iPhone 15  |   Bnews - Divulgação Divulgação // Apple

Publicado em 13/09/2023, às 14h15   Cadastrado por Rafael Albuquerque



A Apple apresentou, na tarde desta terça-feira (12), a tão esperada linha de aparelhos Iphone 15. Apesar de ter atingido as expectativas de investidores ao inserir um cabo de carregamento USB-C nos novos aparelhos, que marcam o fim do padrão de carregamento exclusivo Lightning, e ter mantido os preços dos aparelhos (US$ 799 ou R$ 7,3 mil), as ações da empresa na Nasdaq encerraram o dia da estreia em queda de 1,71%. No mês, os papéis da empresa já desvalorizaram 6,61% e, no acumulado do ano, sobem 36,27%.


Nem mesmo o novo Apple Watch, feito com 95% de titânio e bateria de 72 horas, além de AirPods atualizados, animaram os investidores, segundo o Valor.

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Phd em Economia e analista do Investing.com, Thomas Monteiro aponta que a situação era delicada para a Apple antes do lançamento, pois em poucos dias a fabricante de eletrônicos perdeu mais de US$ 160 bilhões de valor de mercado por conta de uma exigência da China de que funcionários do governo, agências governamentais, estatais e governos locais não usem aparelhos de marcas estrangeiras no trabalho.


Diante do cenário de incerteza, os acionistas estavam ficando ansiosos para saber se a empresa seria capaz de encontrar soluções para permanecer num lugar seguro em momentos de turbulência do mercado, e isso está diretamente ligado às suas margens de lucro, aponta Monteiro.


"Assim, considerando esse contexto, a pergunta que todos estávamos ansiosos para responder, pelo menos a curto prazo, era se a empresa seria capaz de apresentar inovações suficientemente empolgantes para contrariar essas tendências. Infelizmente, parece que não o fez", destacou.


AÇÕES CONTINUAM EM QUEDA?


Apesar do lançamento pouco empolgante e sem grandes novidades significa, a Apple não necessariamente está fadada a enfrentar uma queda significativa em suas ações. Na visão de Monteirom, "a empresa continua sendo uma das maiores e mais resistentes do mercado. No entanto, o que isso implica, a meu ver, é que os investidores terão que ser pacientes com as ações no segundo semestre do ano".


Monteiro acredita, porém, que a Apple tomou uma decisão "acertada" ao não aumentar os preços do iPhone neste momento. "Os riscos eram muito elevados, especialmente considerando o fator cambial, e ainda mais se o Fed (Federal Reserve, o BC americano) decidir manter as taxas de juros mais altas por um período prolongado, o que pode fortalecer o dólar".

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