Justiça

R$ 5 mi não contabilizados: Serra se torna réu por suposta lavagem de dinheiro, caixa dois e corrupção

Roque de Sá/ Agência Senado
Ele teria recebido doações eleitorais não contabilizadas no valor total de R$ 5 milhões, durante a campanha de 2014  |   Bnews - Divulgação Roque de Sá/ Agência Senado

Publicado em 04/11/2020, às 22h43   Redação BNews


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O senador José Serra (PSDB) se tornou réu, nesta quarta-feira (4), por suposto caixa dois, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia contra o parlamentar e os empresários José Seripieri Filho, da Qualicorp, Mino Mattos Mazzamati e Arthur Azevedo Filho foi aceita pelo juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

A decisão que tornou os quatro réus ocorre no dia em que o caso prescreveria. O magistrado afirmou que há "indícios suficientemente seguros, idôneos e aptos a indicar, neste momento processual, a plausibilidade da tese acusatória erigida no sentido de que o acusado José Chirico Serra tenha, em tese, recebido doações eleitorais não contabilizadas no valor total de R$ 5 milhões, durante a campanha eleitoral de 2014, de modo a demonstrar, por ora, a viabilidade da acusação e a presença de justa causa para dar início a persecução penal".

O juiz também decretou sigilo dos autos "a fim de evitar interferências indevidas no processo eleitoral municipal de 2020, tendo em vista sua proximidade". O sigilo termina "ao final do segundo turno do pleito eleitoral (28 de novembro de 2020)". Os acusados terão 10 dias para responder à Justiça e relacionar testemunhas.

De acordo com o G1, Vargas optou pelo arquivamento do inquérito em relação a Rosa Maria Garcia, Roberto Coutinho Nogueira e Fernando Coutinho Nogueira. O juiz também retirou a punibilidade em relação ao falecido Luiz Roberto Coutinho Nogueira. 

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