Justiça
Publicado em 31/08/2020, às 10h43 Redação BNews
As investigações do esquema de corrupção que afastou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel chegaram até o ex-braço direito do secretário de Educação, Pedro Fernandes (PSC).
De acordo com o Globo, o empresário João Marcos Borges Mattos, aliado de Fernandes, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob suspeita de ter pago propina ao governador por meio de repasses ao escritório da primeira-dama, Helena Witzel, também suspeita de corrupção.
Dados financeiros obtidos pela PGR apotam que uma empresa de João Marcos, a Quali Clínicas, pagou R$ 102 mil de propina ao escritório de advocacia da primeira-dama. O ex-secretário de Saúde Edmar Santos afirmou em sua delação premiada que o empresário Mário Peixoto, acusado de pagar propina em troca de contratos na área da Saúde, também mantinha influência sobre a pasta de Pedro Fernandes.
João Marcos foi procurado pela reportagem. Por meio de nota, ele se manifestou afirmando que em janeiro de 2019 a empresa Quali Clínicas transferiu sua sede de endereço, e em decorrência ficaram algumas pendências, dentre elas a locatícia.
"Para resolver a questão em agosto de 2019 contratei o escritório da Dra. Helena Witzel para mediar e defender os interesses da empresa. Além disso, a empresa necessitava formatar seus contratos de prestação de serviços odontológicos e também de alunos que capacitam com nossos mestres e doutores, serviço este também incluído no escopo do mencionado contrato; Certo da licitude da relação contratada, nos colocamos à disposição em junho de 2020 apresentando os documentos comprobatórios ao STJ demonstrando nosso interesse no esclarecimento", completa a nota.
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