BNews Folia
Publicado em 10/02/2018, às 19h50 Guilherme Reis e Eliezer Santos
O vereador de Salvador, Edvaldo Brito (PSD), recebeu com surpresa e “tristeza” o anúncio que o prefeito ACM Neto (DEM) não acompanhará a tradicional saída do bloco afro Ilê Aiyê neste sábado. No ano passado, o prefeito foi recebido no evento sob severas vaias e gritos de “golpista”.
“Não acredito que ele não venha. Ele sabe que aqui é um segmento forte. Não do ponto de vista político, do ponto de vista eleitoral, mas do ponto de vista religioso. Fico triste se ele não vier. Está havendo uma confusão entre o que se passa da saída do Ilê, que é uma solenidade religiosa, com problemas políticos eleitorais”.
Em conversa com o BNews, Edvaldo também reiterou críticas quanto a falta de investimento e patrocínio para blocos de matriz africana, além da “segregação” nos horários de apresentação nos circuitos oficiais da festa. “É humilhante o que acontece com os blocos com a cuia de queijo na mão”, bradou.
Edvaldo lembrou que foi contrário ao remanejamento dos desfiles de blocos Afro para a Avenida da França no Comércio. “Ali seria o sepultamento total [...] Eles ficam no Campo Grande no momento que ninguém está assistindo coisa nenhuma”.
O pessedista propôs que a ordem do desfile seja definida em sorte “para que não só os blocos afro fiquem pela madrugada como se fossem o resto”.
O vereador também adiantou ao BNews que apresentará um Projeto de Lei na Câmara para que o dever constitucional de amparo às entidades culturais e religiosas seja obedecido em Salvador. “Deve ser observado por todos os governos, sob as penas da lei. Temos o Ministério Público para cuidar disso”.
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