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Fatores físicas do cão e sexo do tutor influenciam em agressividade do animal, diz estudo

Jürgen Nagel por Pixabay
Pesquisa apontam fatores que influenciam em agressividade de cachorros  |   Bnews - Divulgação Jürgen Nagel por Pixabay

Publicado em 14/12/2022, às 10h34   Cadastrado por Milena Ribeiro



Um estudo feito por pesquisadores da universidade de São Paulo com 665 cães de estimação apontou que as raças dos animais, o comportamento dos tutores, os sexos dos donos, os pesos dos animais e o histórico do pet influenciam na agressividade do animal.

Os cães mais pesados tendem a ser menos desrespeitosos com seus tutores; cachorros com focinho encurtado, como pugs, buldogues, shih-tzus podem ser mais insolentes, já os com focinho médio ou longo como golden retriever e o popular vira-lata são menos afrontosos com os humanos.

A pesquisa, que foi publicada na revista Applied Animal Behaviour Science, apontou que fatores morfológicos, ambientais e sociais tem relação com a agressividade dos cães.

"Os resultados ressaltam algo que estamos estudando já há algum tempo: O comportamento emerge da interação do animal com o seu contexto, ou seja, o ambiente e o convívio com o tutor, por exemplo, além é claro da morfologia do cachorro. Todos esses fatores têm impacto na forma como o cachorro interage com o ambiente e também na maneira como a gente interage com ele", explicou a professora do Instituto de Psicologia (IP-USP) e coautora do artigo, Briseida de Resende.

O estudo procurou entender os cães que mais latiam para estranhos e até atacavam as pessoas. "Apenas o gênero do tutor se mostrou um fator capaz de predizer o comportamento com estranhos: a ausência de agressividade foi uma característica 73% mais frequente entre os cães de mulheres", contou o primeiro autor do artigo, Flávio Ayrosa.,

Além disso, a pesquisa também apontou que as fêmeas tendem a ser menos agressivas com o dono. "Mas foi na comparação entre tamanho do focinho que encontramos uma diferença mais significativa: as chances de agressividade contra o dono tendem a ser 79% maiores em cães braquicefálicos [focinho achatado] do que nos mesocefálicos", disse.

"Encontramos uma relação, mas não é possível dizer o que vem primeiro. O fator ‘passear com os cães’, por exemplo: pode ser que as pessoas passeavam menos com os cachorros por eles serem animais agressivos, ou os cachorros podem ter se tornado mais agressivos porque seus tutores não passeavam com eles", afirmou.

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