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Viagens corporativas recuperam faturamento do período pré-pandemia em março de 2022; veja números

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Em comparação com o mesmo período de 2019, volume do mês de março de 2022 fica apenas 2% abaixo  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Marcelo Camargo - Agência Brasil

Publicado em 25/04/2022, às 14h30   Redação BNews



O setor de viagens corporativas praticamente retomou em março deste ano o faturamento do mesmo mês de 2019, ou seja, antes da pandemia, evento que prejudicou os negócios em 2020 e 2021. No mês passado, o faturamento de todos os segmentos de viagens corporativas atingiu R$ 869 milhões, apenas 2% abaixo da marca de março de 2019, quando registrou R$ 890 milhões. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o resultado foi de R$ 1,856 bilhão, ainda 27% abaixo aos números de 2019.

Acumulado 1 Trimestre:

2019 - R$ 2.545.679.368
2020 - R$ 2.068.886.409
2021 - R$ 657.890.075
2022 - R$ 1.856.596.166

Segundo o estudo, o faturamento está crescendo, mas o número de viajantes não segue o mesmo ritmo e registrou queda de 40% em março em relação ao mesmo mês de 2019. "O total de bilhetes emitidos tem uma relação direta com a inflação do setor e alta dos preços, que está sendo liderado pelo setor aéreo, cujo peso no volume de transações em viagens é de quase 70%.  Além disso, há uma nova tendência de redução de viagens aéreas mais curtas de alguns setores, visando a otimização do tempo, que se intensificou com a pandemia e o trabalho home office. As viagens mais longas estão retomando o seu ritmo, além de outros setores como infraestrutura, agro e logística que tem demandado muita movimentação", afirma Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp - Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas.

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Segundo os estudos da Abracorp, que analisa 11 setores do mercado, no mês de março, todos cresceram em relação aos anos anteriores. Serviços aéreos faturaram R$ 576 milhões, frente a R$ 300 milhões em fevereiro e R$ 577 milhões em março 2019. Outro segmento positivo foi o de hotéis, que faturou R$ 225 milhões, ficando acima dos R$ 218 milhões em 2019. "São boas notícias, sem dúvida, porém os resultados das agências corporativas não acompanham esse crescimento no faturamento do setor, em razão da elevação dos custos operacionais e dificuldade na contratação de mão de obra, que afetam sua produtividade", diz Tanabe

O setor de agências de viagens chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da Abracorp, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano. Alguns desafios pela frente são conseguir trazer esses trabalhadores de volta e conseguir o equilíbrio sustentável diante da alta de preços. Isso tem impacto no custo dos serviços prestados pelas TMCs e outro, que o cliente aplique, definitivamente, os princípios sociais e de governança (da ESG), e assuma um papel protagonista no cenário, apoiando essa retomada de um setor muito debilitado economicamente.

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