Saúde

Veja o que se sabe sobre a vacinação contra a varíola dos macacos

Fernando Frazão/Agência Brasil
A varíola dos macacos ainda não tem uma vacina específica  |   Bnews - Divulgação Fernando Frazão/Agência Brasil

Publicado em 25/07/2022, às 22h04   Redação BNews



A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos (monkeypox) uma emergência de saúde global no último sábado (23). Causada pelo vírus monkeypox, a doença pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana, erradicada do mundo em 1980.
A varíola dos macacos ainda não tem uma vacina específica, mas dois imunizantes contra a varíola humana estão sendo usadas contra a varíola dos macacos: a Imvanex/Imvamune/Jynneos e a ACAM2000.

Desenvolvida pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, a Imvanex/Imvamune/Jynneos é feita de um vírus vivo, mas que não se replica multiplica. O imunizante foi aprovado na semana passada contra a doença na União Europeia, onde já era autorizada contra a varíola humana. A vacina costuma ser aplicada em duas doses antes da exposição ao vírus, com quatro semanas de diferença entre as doses.

A ACAM2000 é fabricada pelo laboratório Sanofi contra a varíola humana, também é aprovada nos Estados Unidos para a varíola dos macacos. É considerada uma vacina de segunda geração. O imunizante é feito com o vírus "Vaccinia" vivo, que tem capacidade de se replicar. Após a aplicação, uma lesão se desenvolve no local, como na vacina BCG, contra a tuberculose. E aplicado em dose única.

Segundo especialistas, ainda não existem dados sobre a eficácia da Jynneos (Imvanex/Imvamune) no surto atual de varíola dos macacos. Também não há dados sobre a eficácia da ACAM2000 contra o surto atual de varíola dos macacos.

Ainda não há vacina disponível no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o governo "articula com a Organização Mundial da Saúde (OMS) as tratativas para aquisição da vacina monkeypox".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta, de forma temporária, que em países onde há transmissão comunitária da monkeypox (caso do Brasil), as ações para interromper a transmissão devem incluir a vacinação direcionada de pessoas com alto risco de exposição à doença: homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) e profissionais de saúde lidando com casos suspeitos ou confirmados, além de pessoas que fazem sexo com múltiplos parceiros.

De acordo com reportagem do g1, alguns países já estão vacinando parte de suas populações contra a monkeypox. O Canadá autorizou a aplicação da Imvamune em adultos com 18 anos ou mais que tenham alto risco de exposição. Já os Estados Unidos estão aplicando a Jynneos em contatos de pessoas infectadas e contatos presumidos. Na União Europeia, as primeiras 5,3 mil doses da Imvanex (como a Jynneos/Imvamune é conhecida na Europa) chegaram ao bloco no fim de junho, na Espanha, onde a imunização já começou. Países como Alemanha, Holanda e Portugal também já iniciaram a vacinação.

O Reino Unido está usando a Imvanex para imunizar homens gays, bissexuais e que fazem sexo com homens – desde que tenham múltiplos parceiros sexuais, participem de sexo grupal ou frequentem locais destinados a sexo público (como casas de swing).

Entre os principais sintomas da varíola dos macacos estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios inchados, calafrios e exaustão. Dentro de 1 a 3 dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (25), que o Brasil tem 696 casos de monkeypox confirmados. Desses, 506 estão em São Paulo, 102 no Rio de Janeiro e 33 em Minas Gerais. Outros 14 estão em Goiás, 13 no Distrito Federal e 11 no Paraná. A Bahia, o Rio Grande do Sul e Pernambuco têm 3 casos cada. O Ceará, o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo têm 2 casos cada. Mato Grosso do Sul e Santa Catarina têm um caso confirmado cada.

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