Saúde

Veja como identificar e evitar que seu filho desenvolva algum tipo de transtorno mental

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De acordo com estudos norte-americanos, uma em cada cinco crianças e adolescentes no mundo apresenta algum tipo de transtorno mental  |   Bnews - Divulgação Reprodução / TV Brasil
Letícia Rastelly

por Letícia Rastelly

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Publicado em 29/04/2023, às 06h40



É natural pensarmos que crianças e adolescentes não possuem problemas, afinal a vida adulta é que traz consigo grandes responsabilidades. Mas infelizmente os chamados transtornos mentais podem aparecer em um indivíduo nos primeiros anos de vida, que são especialmente importantes para a formação da estrutura mental.

De acordo com estudos norte-americanos, uma em cada cinco crianças e adolescentes no mundo apresenta algum tipo de transtorno mental. No Brasil, a incidência desses transtornos varia entre 7 e 20%, apenas da população infantil. Estamos falando de transtornos provocados muitas vezes por bullying, excesso de tecnologia, abuso sexual, violência, falta de afeto, cobrança exagerada vinda da família e traumas.

A psicóloga Nili Brito explica que os principais transtornos que acometem as crianças são a ansiedade (TAG) e o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Ela ressalta que o ambiente onde essa criança ou adolescente vive precisa ser de seguro, onde se sinta acolhido e não tenha medo.

Nili também ressalta a importância de um diagnóstico correto, a partir dessa análise de ambiente. “Às vezes os pais levam as crianças ao consultório dizendo que ela está muito acelerada, que seria um caso de TDAH, mas as vezes não é o transtorno, as vezes é o ambiente, que é abusivo, ou acelerado, ou agressivo”, disse a psicóloga.

Para a especialista, é necessário que haja uma relação dos pais com a escola, para que em ambos seja possível observar o desenvolvimento da criança e do adolescente e, ao perceber uma mudança de comportamento, levar a um profissional de saúde.

Nili destaca ainda que muitas vezes essas situações que podem ser um alerta nem sempre são verbalizadas. “Ao sentir a frustração do coleguinha não emprestar o brinquedo, a criança morde esse amiguinho. Repassando a agressividade. Quando ela não responde de imediato como palavra, ela usa o comportamento para isso”.

Esse cuidado nos locais onde essas crianças e adolescentes habitam, seja na escola ou no ambiente familiar, podem fazer toda a diferença, inclusive na vida adulta, já que a maioria dos transtornos de saúde mental começa nessa fase. “Com cuidados adequados, é possível promover um desenvolvimento saudável e equilibrado para as crianças, ajudando-as a se tornarem adultos mais felizes e saudáveis emocionalmente”, concluiu a psicóloga Nili Brito.

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