Saúde

Risco de ebola: Anvisa monitora chegada de navios da Libéria em Salvador

Imagem Risco de ebola: Anvisa monitora chegada de navios da Libéria em Salvador
Três embarcações liberianas atracam em Salvador essa semana; País africano registra centenas de mortes  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/11/2014, às 11h21   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Três navios vindos da Libéria, país africano atingido pelo vírus ebola, devem atracar em Salvador nessa semana. O Warnow Merkur transporta peças e chega dia 5, já o Buxharmony aporta nessa segunda-feira (3) e chega com contêiner. Para a próxima sexta (7), outro liberiano está previsto para aportar no Terminal de Passageiros de Salvador, o cruzeiro Explorer, da Oceanus Agencia Marítima.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável pelo monitoramento das embarcações que chegam de países onde há constatação de casos com do vírus causador da ebola. Desde que a epidemia se alastrou em países do Oeste africano, cerca de 4,5 mil pessoas já morreram vítimas da doença, metade delas foram na Libéria.

A atuação da Anvisa nos portos e aeroportos conta com o apoio das entidades de saúde do estado da Bahia e da prefeitura de Salvador, que atuam de modo secundário na vigilância de possíveis casos de estrangeiros portando o vírus. Segundo o coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Salvador (SMS, Ênio Soares, a Anvisa se reúne semanalmente com representantes da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e SMS para atualizar os dados da operação realizada nos terminais de entrada de passageiros da capital baiana.

“Tanto os navios de carga como os de passageiros, os cruzeiros, possuem uma equipe de saúde que cuida dos passageiros, ou da tripulação no caso dos cargueiros. Se há alguma suspeita a bordo, o comandante do navio ou da equipe médica entra em contato com a Anvisa para que a pessoa possa ser atendida em terra”, explica Ênio.

Segundo o coordenador, se alguém clandestino estiver em navio de carga com suspeita da doença africana, ele será identificado e atendido pela Anvisa. Caso não tenha sintomas, o cidadão em situação irregular ficará em quarentena na Polícia Federal durante 20 dias, período de incubação de patologias como o ebola.

Em Salvador, a unidade de saúde que está apta a tratar de casos de ebola é o Hospital Couto Maia. “É o hospital de referência em Salvador. Lá, uma equipe já está capacitada para atuar em algum caso que venha surgir. Sendo identificada a suspeita, uma ambulância do SUS estará pronta para transportar o paciente, com todos os equipamentos de segurança”, contou Ênio.

No entanto, o coordenador diz que no país existem apenas dois laboratórios especializados em diagnósticos de doenças como ebola. Um fica em Belém, no Pará, e o outro no Rio de Janeiro. As amostras, quando há um caso suspeito, são levadas para estes centros de referência. 

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