Saúde

Categoria do Samu ameaça paralisar

Publicado em 28/11/2012, às 19h41   Elena Martinez (Twitter: @ElenaMartinez)



Os condutores, enfermeiros e paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ameaçam paralisar suas atividades caso as reivindicações solicitadas pela categoria durante todo o ano de 2012 não sejam atendidas, ainda durante a gestão do prefeito João Henrique, conforme informou o presidente do Sindicato do Samu (SindiSamuBa-192), Antenor Machado.

De acordo com o presidente do sindicato, a categoria tenta, desde o mês de fevereiro, buscar por diversas vezes uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que segundo ele, somente foi atendê-los no mês de junho para avaliar a pauta de reivindicações e se posicionarem a respeito da situação após avaliação da Procuradoria Geral do Município. “Mais uma vez, tivemos que cobrar exaustivamente a reposta e os gestores demonstrando total descaso pelos anseios dos samuzeiros. Até a presente data nada nos disseram”, explicou Antenor.


O coordenador geral do Samu, Ivan Paiva, se posicionou a respeito da paralisação da categoria. “Falta um pouco de inteligência o Samu querer se reunir agora para reivindicar questões salariais e condições de melhorias para o trabalho. Acredito que esse não seja um momento oportuno para essa discussão. Estamos trabalhando com a quantidade suficiente de ambulâncias para atender a população de Salvador”, disse.

Segundo o presidente do sindicato, em fevereiro, 35 condutores foram desligados descumprindo um TAC  assinado junto ao MPE em 2009. “Para agravar a situação, a partir de 1º de dezembro mais 22 técnicos de enfermagem serão desligados”, contou. Antenor complementou que tais atos trouxeram a desativação de 10 unidades no total, comprometendo o tempo resposta, que hoje chega até 60 minutos ou mais. "Podendo comprometer a vida da vítima, dependendo da gravidade", disse.

Baseado nesses fatos, a categoria decidiu se reunir para buscar o retorno dos condutores e a permanência dos técnicos de enfermagem até a realização de concurso público para ambos. O presidente do sindicato informou que será encaminhado ao Ministério Público um documento solicitando que as medidas necessárias sejam tomadas. “Caso não sejam tomadas as providências favoráveis à categoria, por parte da Secretária de Saúde, entraremos em greve por tempo indeterminado, até que sejam dadas estas soluções”, disse Antenor.

Matéria originalmente publicada às 22h18 do dia 27/11.

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