Saúde

Vídeo: Filho de idosa que não faz parte do público-alvo de vacinação hostiliza enfermeiros em Salvador

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Idosa tinha 79 anos; público-alvo é acima de 80 anos  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 02/03/2021, às 12h02   Nilson Marinho e Diego Viera


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O filho de uma idosa que não faz parte do público-alvo da vacinação contra a Covid-19 em Salvador hostilizou nesta segunda-feira (1º) profissionais da saúde que trabalhavam no Parque de Exposições da cidade após os trabalhadores se recusarem a aplicar a primeira dose da vacina. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) trabalha na imunização de idosos com idade igual ou superior a 80 anos. A mulher levada até o ponto de vacinação pelo filho tem 79. 

As cenas da confusão foram gravadas pelos trabalhadores da saúde que acompanharam a sequência de acusações do homem. Ao ouvir um não, ele se descontrola e dispara com o dedo em riste: “Se ela falecer você vai ser responsável. Você vai responder por homicídio culposo, aliás, culposo, não, doloso”, diz.

A coordenadora do Distrito Sanitário de Itapuã, Ana Cláudia Luz, uma das agredidas, explicou ao BNews que o filho e a mãe foram avisados sobre a idade do público-alvo desta etapa da campanha ainda no processo da triagem, antes da abertura dos portões do ponto de vacinação.  

“Abrimos os portões às 8h, como fazemos todos os dias, já tínhamos passado na fila fazendo a triagem e avisado que a primeira dose seria apenas para o público-alvo, ou seja, idosos com ou acima de 80 anos. Um homem, que estava acompanhando a mãe, uma senhora de 79 anos, insistiu em ficar na fila. Quando uma agente o atendeu, e confirmou a idade da senhora, ele não se contentou, saiu do carro e a agrediu esfregando a identidade no rosto da funcionária”, contou.

O caso foi parar na polícia e a coordenadora do Distrito Sanitário registrou um boletim de ocorrência. O secretário municipal de Saúde, Leo Prates, lamentou o episódio durante uma entrevista à TV Bahia no final da manhã desta terça (2).

"A gente fica bastante triste, entendemos o desespero das pessoas, ontem mesmo relatei durante uma entrevista a dificuldade que os profissionais estão tendo, exaustos. Quem define as regras [de vacinação] é o Ministério. Eu sou solidário às famílias das pessoas,  eu entendo a angústia, a frustração, é a mesma que nós vivemos todos os dias, mas esses profissionais não têm culpa, não são eles os responsáveis por comprar as doses da vacina, não são eles responsáveis por estabelecer as regras”, comentou o secretário.

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