Saúde

Associação nega falta de médicos e atraso de salários em Santo Amaro

Publicado em 10/01/2015, às 16h06   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)



Apesar da falta de médicos em dois hospitais público do município de Santo Amaro, a administradora das unidades Octávio Pedreira e Santa Casa de Misericórdia, Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI), garantiu que não falta médicos na cidade e que os salários dos funcionários estão em dia. Em contato com o Bocão News, o diretor executivo da APMI, Neumar Dias, apontou dificuldades financeiras, mas assegurou que os problemas serão resolvidos. Dias também atestou que a greve dos funcionários, iniciada em 29 de dezembro do ano passado, finda na próxima terça-feira (13).

Funcionários das unidades hospitalares relataram à reportagem o caos na saúde pública do município. Não há novidade na situação, já que muitas cidades baianas passam pelo mesmo problema. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) afirmou, em nota, que o repasse de recursos vem sendo feito regularmente e a reponsabilidade pelo não pagamento de salários e manutenção das unidades é da associação.

Dias negou que os hospitais faltam medicamentos, alimentação, insumos e médicos, além de aparelhos sucateados. “A APMI locou o hospital da Natividade [Santa Casa de Misericórdia] há um ano. O prédio é antigo e na verdade já tem estrutura desgastada pelo tempo. Ele estava fechado há muito tempo. A APMI assumiu e estamos tentando fazer os investimentos adequados. Mas estamos começando a fazer dentro da capacidade financeira”, justificou.

“Dizer que não tem insumos é o calor das emoções e as pessoas falam isso. Não existe essa situação. Nós trabalhamos de acordo com o nosso recurso. O recurso que recebemos é apenas para manter a unidade, salários, energia, insumos, medicamentos, alimentação. Para investimento é que o recurso não dá. Hoje temo o médico Sanderson Oliveira de plantão no Octávio Pedreira”, alegou o diretor executivo. Entretanto, não há médicos plantonistas na Santa Casa. Dias ainda justificou que não há profissionais em outras especialidades, pois não há demanda para estas situações.

Em relação ao atraso de salário, Dias voltou a garantir que apenas o mês de dezembro não foi efetivado, mas diante da confirmação de repasse do recurso pela Sesab, a remuneração será normalizada na terça-feira (13), dando fim a greve no município.

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