Salvador

"As peças serão para todos os gostos e bolsos", afirma Paula Magalhães sobre brechó na Lapa

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Brechó na Lapa possui preços que variam entre R$ 5 e R$ 100  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 13/03/2023, às 19h51   Rafael Albuquerque e Sanny Santana



A Estação da Lapa receberá, nos dias 16 e 17 de março, das 10h às 19h, um conjunto de brechós que dão vida ao 'projeto Lapô', que reúne dezenas empreendimentos cheios de 'achadinhos'. A ação possui curadoria do produtor de moda Helenildo Amaral e da jornalista e editora de moda Paula Magalhães que, em suas palavras, quis dar visibilidade a uma das suas bandeiras: fomentar a cultura de brechós na Bahia. 

Em entrevista ao BNews, Paula contou que foi chamada para pensar um evento de moda na tão popular Lapa. O resultado foi a reunião de 15 brechós com peças entre R$ 5 e R$ 100, incluindo o próprio empreendimento de Magalhães junto com Helenildo, o Brechó da Betty, que está de pé desde 2019.

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"É a primeira feira que assino uma curadoria e estou muito feliz, já que também será um evento com destaque para o empreendedorismo feminino. O único participante homem é o Helenildo Amaral, que está comigo na curadoria, e também é meu sócio no Brechó da Betty, que também faz parte do corpo de brechós presentes. O Sebrae tendo entrado ainda tornou o projeto mais robusto, porque além de dar visibilidade para essas empreendedoras, podemos capacitá-las para os seus negócios", conta.

O fato de o evento acontecer na Lapa, do Centro da capital baiana, também foi uma ótima escolha para gerar maior adesão do público. O local, para Paula, é um "ponto de encontro da diversidade".

"Ali passam milhares de pessoas por dia e é rota de encontro de diversas tribos. A diversidade tinha que está no conceito, os brechós veem de diferentes partes da cidade, de Areia Branca ao Rio Vermelho, passando por Brotas, Piedade, Pelourinho etc. Eles também são diversos no seu conceito, temos brechós beneficentes, físicos e virtuais", explica.

A editora de moda aproveitou para 'abrir os olhos' daqueles que possuem preconceito com a compra em brechós. Ela explica que, além do preço acessível, é um mercado que cresceu bastante na pandemia, e lembrou do alto preço das lojas de departamento. Para ela, o evento surge como uma forma de tornar a moda mais acessível.

"No brechó você encontra exclusividade, preço e ainda é sustentável, já que a indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo, só perdendo para o petróleo (...) Quem estiver ali nos dias poderá conhecer todos esses brechós, ver que roupa de segunda mão também tem apelo fashion e ainda comprar barato", defendeu.

"Precisamos acabar de vez com o preconceito em relação a roupa de brechós e ajudar a difundir essa cultura por aqui, que já é tão difundida por todo o mundo. Comprar em brechó é divertido, exclusivo, barato e sustentável", completou a especialista, que relembrou a variedade de peças e preços no local. 

"Fizemos a curadoria do evento estipulando preços para contemplar a todos. Os brechós também tem muita diversidade nos seus acervos. Visitamos todos nessas duas semanas. As peças serão para todos os gostos e bolsos", finalizou.

Classificação Indicativa: Livre

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