Salvador

"Rodoviários não podem impedir circulação de amarelinhos", garante Fabrizzio Muller sobre possível greve

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Secretário da Semob falou sobre a ameaça de greve dos rodoviários em Salvador  |   Bnews - Divulgação Joilson Cesar / BNews
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 23/05/2023, às 09h46 - Atualizado às 09h49



O secretário Municipal de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, foi o entrevistado do programa PNotícias, da Piatã FM, nesta terça-feira (23) e comentou sobre a possível greve dos rodoviários em Salvador. Na entrevista, Muller disse o que pode ser feito pela prefeitura caso a paralisação seja decretada. Ainda segundo ele, a esperança é de que os empresários e rodoviários cheguem a um acordo o quanto antes.

“Todos os esforços estão sendo empreendidos pra que não tenha a greve. Mas é uma relação privada, entre os donos das empresas de ônibus com os trabalhadores. A prefeitura tem um poder pequeno, ela atua como mediadora nesse processo. Estamos tentando conversar com um lado, com outro, pra tentar sensibilizar. Nossa torcida é para que cheguemos a um consenso, a uma conciliação. Hoje temos uma reunião para que se possa chegar a um denominador comum. Se não chegar, a gente confia que a Justiça do Trabalho chegue na melhor solução, antes da greve ser confirmada. Prefere acreditar que chegaremos a esse consenso”, disse.

Questionado sobre o que é possível ser feito pela prefeitura em caso de greve, Muller afirmou que tudo depende de quais serão as condições da paralisação. De acordo com ele, o BRT também deverá ser afetado.

“Por mais que a prefeitura se esforce pra fazer alguma operação, o prejuízo existe. O plano de contingência visa reduzir os danos, e minimamente dar o serviço para a população. Precisamos saber o que a gente vai ter disponível, não sabemos se teremos o transporte totalmente interrompido ou apenar parte da frota. Quando soubermos, aí sim podemos disparar a nossa contingência, pra que as pessoas cheguem mais rápido na integração do metrô ou outros meios de transportes. Só quando soubermos a frota, poderemos tomar as medidas cabíveis”, ponderou o secretário.

O titular da Semob disse também que os rodoviários não podem interferir nos ônibus do Sistema Complementar, os famosos 'amarelinhos'.  Segundo Muller, o trabalhador não pode ser impedido de ir trabalhar. 

“Na verdade, se eles fizerem isso, não é por determinação deles. Se fizerem, é porque estarão impedindo a saída da garagem. Mas pedimos a eles que entendam que as pessoas precisam trabalhar. Eles não têm o direito de atrapalhar a vida da população que tem que trabalhar. Eles têm de buscar pelo direito deles, mas não podem prejudicar o trabalhador dessa forma. Confiamos nessa mediação da Justiça do Trabalho, a da presidente do Tribunal, e a gente tem convicção e certeza que haverá bom senso de todas as partes”, comentou.

Recentemente, ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia e vereador Hélio Ferreira afirmou ao BNews que os "amarelinhos" também fariam parte da paralisação.

Fabrizzio comentou ainda sobre um possível aumento da tarifa de ônibus em Salvador, caso o reajuste reivindicado seja dado aos rodoviários.

“Toda concessão de serviço público repassa os custos para a tarifa, é normal. Quanto mais for dado de reajuste, mais pode pressionar a tarifa pra cima. Mas acreditamos que o aumento dentro da inflação é algo que é possível, que não traria maiores consequências pra tarifa”, completou.

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