Diretor do Sindicato dos Rodoviários fala sobre as denúncias de assédio da categoria contra a OT-Trans

Na manhã desta segunda-feira (29), rodoviários fizeram uma manifestação na entrada da Estação da Lapa, para dar continuidade na luta pela Campanha Salarial 2024 e para acusar empresa OT-TRANS de assédio moral.

Em entrevista ao BNews, Daniel Mota, Diretor de Comunicação do Sindicato dos Rodoviários, explicou a natureza da denúncia. A pauta é uma das principais reivindicações do movimento. 

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"O assédio é exatamente quando um trabalhador é punido de uma forma ilegal. O acordo coletivo diz que quando o trabalhador comete algum erro, tem que ser apurado antes de tirar de escala. Ele tira de escala, ele pune, ele demite e dá justa causa. Então, a gente pensa que voltou a época da escravidão. A gente avalia que os empresários da OT-TRANS estão cometendo assédio moral"

Daniel completa dizendo que as acusações não são direcionadas a uma só pessoa. "É a gestão da OT-TRANS. A gente tem que avaliar que a ordem parte de alguém e é cumprida pelos gestores."

O presidente do Sindicato, Hélio Ferreira, relatou que os problemas de assédio abalam a saúde mental dos trabalhadores, que não estão sendo ouvidos pela empresa em diversas tratativas. O prefeito Bruno Reis também foi alvo da reclamação do presidente: "estamos denunciando à sociedade para ver se o prefeito vem para mesa"

Diante do impasse entre a categoria e a prefeitura, Salvador deve amanhecer sem ônibus nesta terça-feira (30). Além da campanha salarial dos casos de assédio moral,  eles também reivindicam vale-transporte com integração com o metrô. 

Na última quinta (25), a categoria fez uma paralização e só saiu das garagens às 8h. Durante essa paralisação parcial, a Secretaria de Mobilidade (Semob) montou um plano de contingência para minimizar os impactos do atraso na saída das garagens. Foram usadas linhas de outras áreas e veiculos do sistema alternativo.